Com cinco prisões temporárias e uma em flagrante, o Piauí lidera no ranking de pessoas presas durante a operação 'Bad Vibes', deflagrada na terça-feira (10) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública contra pornografia infantil. Ao todo, a operação ocorreu em mais de 11 estados brasileiros.
As prisões também foram realizadas no Ceará (3), Paraná (3), Santa Catarina (2), São Paulo (2), Pará (2), Espírito Santo (1), Sergipe (1), Goiás (1) e Rondônia (1). Entre os detidos no Piauí, estavam dois irmãos gêmeos da cidade de Francisco Ayres, situada a 217 km de Teresina, enquanto as demais prisões ocorreram nas cidades de Teresina, Uruçuí e Esperantina.
A Operação Bad Vibes se originou a partir de dados fornecidos pela agência Homeland Security Investigations (HSI) da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília. Essas informações foram baseadas em investigações conduzidas pela HSI em Pretória, África do Sul, que identificou a participação ativa de brasileiros em grupos envolvidos com conteúdo pornográfico infantil através do aplicativo de mensagens Viber.
"Os indivíduos presos no Piauí armazenavam, compartilhavam e propagavam conteúdos de pornografia infantil em grupos destinados a esse tipo de crime. Durante as buscas e após análises preliminares dos dispositivos móveis, identificamos a existência desses conteúdos nos aparelhos dos indivíduos", disse o delegado Yan Brayner, da diretoria de Inteligência da PCPI.
Conforme o delegado, todos os detidos foram interrogados e somente um deles negou envolvimento nos crimes. Durante as prisões, dispositivos móveis usados na prática dos delitos também foram apreendidos.
Como denunciar
A sociedade pode prevenir, combater e enfrentar os crimes contra a infância e a adolescência. Os casos de violações contra crianças e adolescentes devem ser denunciados no Disque 100, sob coordenação do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, com ligação gratuita para o número 100. O sigilo das informações é garantido, quando solicitado pelo denunciante.
Ainda existem os serviços de WhatsApp, no número (61) 99611-0100; no site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), no Telegram (buscar por Direitos Humanos Brasil), no aplicativo Direitos Humanos Brasil, e por videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras), serviço exclusivo para pessoas surdas ou com deficiência auditiva. E em caso de emergência, ligue para Polícia Militar da sua localidade, número 190.