Desde 2017, a produção de mel no Piauí tem se consolidado como a maior da região Nordeste e, desde 2022, consolidou-se também como a segunda maior do Brasil. Em 2024, a produção de mel no Piauí foi de 8.614,2 toneladas, com uma redução de cerca de 215 toneladas em relação ao ano anterior (-2,44%). São informações da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do IBGE, referente ao ano de 2024.
No Brasil, a produção de mel em 2024 atingiu 67,3 mil toneladas, incremento de 4,9% em relação ao ano anterior, e recorde na produção do país. O estado do Paraná, que em 2023 havia apresentado a terceira maior produção de mel do país, registrou em 2024 uma produção de 9.823 toneladas e chegou à liderança na produção, ultrapassando o Piauí e o Rio Grande do Sul. A produção de mel do Paraná representa 14,59% do total do país; seguido do Piauí, com 12,79%; e do Rio Grande do Sul, com 11,97%.
O avanço da produção de mel no Brasil é sustentado tanto pelas condições climáticas favoráveis, que garantem oferta de recursos alimentares para as abelhas, quanto pela crescente demanda por produtos naturais e saudáveis, em nível nacional e internacional, estimulando o setor apícola do país. As exportações também cresceram no período, em relação ao ano anterior, e atingiram o terceiro maior volume e o quarto maior faturamento exportado da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX).
Valor da produção de mel no Piauí atinge R$ 101 milhões
Em 2024, a produção brasileira de mel atingiu pela primeira vez um valor superior a R$ 1 bilhão, com aumento de 11,4% em relação ao ano anterior. Entre os estados, o Paraná apresentou o maior valor de produção, com R$ 180,8 milhões.
O Rio Grande do Sul, apesar de ter registrado uma quantidade produzida de mel inferior à do Piauí, em termos de valor da produção atingiu um indicador maior, da ordem de R$ 107,7 milhões, enquanto o Piauí registrou R$ 101 milhões.
Para Pedro Andrade, Chefe da Seção de Pesquisas Agropecuárias do IBGE no Piauí, “o maior valor da produção de mel do Rio Grande do Sul em relação ao valor observado no Piauí, apesar da diferença na quantidade produzida, deveu-se ao fato de no Rio Grande do Sul o produto ter apresentado um melhor valor pago ao produtor do que no Piauí.”