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Piauí acumula cerca de R$ 2,5 bilhões em dívidas de precatórios, diz Emílio Júnior

Segundo o secretário, as condições atuais do sistema financeiro agravam a dificuldade de gestão, sobretudo pela alta da taxa básica de juros.

Piauí acumula cerca de R$ 2,5 bilhões em dívidas de precatórios, diz Emílio Júnior | Foto: Divulgação/Ccom
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Nesta segunda-feira (09/06) o Secretário Estadual da Fazenda do Piauí, Emílio Júnior (PT), chamou atenção para o peso das dívidas judiciais acumuladas no orçamento dos estados e municípios, especialmente no Nordeste. A declaração aconteceu durante o seminário sobre a PEC 66/2023, realizado na sede da Associação Piauiense de Municípios (APPM), em Teresina.

AGRAVAM A DIFICULDADE DE GESTÃO

Segundo Emílio Júnior, as condições atuais do sistema financeiro agravam a dificuldade de gestão, sobretudo pela alta da taxa básica de juros. 

A Selic hoje é utilizada como instrumento para conter o consumo da família brasileira. Agora imagine, a taxa está em 14,75%. Se isso perdura, compromete as finanças no médio e longo prazo. No curto prazo, já está comprometendo, afirmou.

O gestor também destacou que estados e municípios, ao contrário da União, não emitem títulos para obter crédito. 

Se não tiverem recursos disponíveis, simplesmente não têm como garantir o pagamento dessas dívidas. O acesso ao crédito é limitado, e as taxas de correção dos precatórios são imprevisíveis, explicou.

SITUAÇÃO CRÍTICA NO NORDESTE

O secretário lembrou que a situação é crítica no Nordeste. Segundo ele, o tema foi unanimemente apontado como prioridade pelos governadores da região. 

Existem hoje R$ 24 bilhões em precatórios comprimindo a gestão pública do Nordeste. Só o Piauí responde por cerca de R$ 2,5 bilhões dessa dívida.

A proposta da PEC 66, segundo Emílio, busca criar um horizonte mais sustentável para os entes federativos. “A ideia é alongar esses débitos até 2034, o que pode dar um respiro importante e garantir a continuidade das políticas públicas”, completou.

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