Visando fortalecer a produção de hidrogênio verde que está sendo implementada no Piauí, instituições, fundações governamentais e empresas se unem em uma DAO- Organização autônoma descentralizada para realizar pesquisas sobre bioeconomia e energia renovável em Parnaíba.
“Esse processo está gerando a ideia de um instituto, que funcionará como um fórum como uma espécie de DAO, que é organizações descentralizadas para atuar de forma coletiva, como objetivo de fortalecer a investe Piauí e todo o HUB de hidrogênio verde que está sendo construído aqui em Parnaíba”, afirmou o professor da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), Josenildo Souza.
Josenildo destaca duas rotas tecnológicas utilizadas pela UFDPar que servem de suporte ao planejamento de projetos de pesquisa e desenvolvimento ao longo do tempo. A primeira trata sobre o reuso da água, através da eletrólise, onde a produção de hidrogênio verde ocorre por eletrólise e refino de osmose reversa, utilizando energia limpa e renovável, sem emissões de CO2.
Esse processo separa hidrogênio e oxigênio da água através de corrente elétrica.
“Então essa água nós estamos utilizando para produzir pescado, peixe e camarão, dando uso a ela. Nós somos a terra do céu do equador. Essa produção primária é fruto dessa fotossíntese e gera microorganismos, que são ricos em açúcar e esse açúcar nos permite, não só desenvolver metano, mas também criar peixes e aproveitar os resíduos desses quilos de algas, peixes e pescados de uma forma geral para gerar fertilizantes, porque eles são ricos em nitrogênio, fósforo e potássio e colocar isso para a agricultura”, afirmou Josenildo.
Considerado como um combustível limpo, o Hidrogênio Verde será o principal substituto dos combustíveis fósseis, neste forte movimento de descarbonização do planeta e enfrentamento das mudanças climáticas. Segundo o professor, a maioria da produção de hidrogênio verde é por eletrólise, quase 90%, no entanto possui outra forma para produzir melhor hidrogênio, amônia, metano e fertilizantes.
“Estamos pensando em uma rota por fermentação e gaseificação, utilizando biomassa, que é essa característica do Piauí e a partir daí evoluir para um outro caminho de produção de hidrogênio verde mais sustentável,entendendo que a eletrólise precisa reutilizar a água, mas a gaseificação e a fermentação a gente pode fazer direto, aproveitando toda a água e todo resíduo, deixando de ter resíduos Contribuindo com a sustentabilidade, em tempo que a gente desenvolve a produção de alimentos”, explicou o professor.
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MAIOR PROJETO DE HIDROGÊNIO VERDE DO MUNDO
" A energia é a base da transformação da humanidade. É controlando a energia que conseguimos ter a evolução da humanidade”, disse o empresário Daniel Guimarães sobre as novas medidas e implementações da produção de hidrogênio verde na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Piauí, localizada em Parnaíba, no litoral piauiense.
Na sexta-feira (15), em parceria com o Governo do Piauí, as empresas europeias Green Energy Park e Solatio darão início aos dois maiores projetos de hidrogênio verde (H2V) do mundo, marcando o lançamento das pedras fundamentais. “É exatamente isto! Está alinhado com que o mundo está fazendo e pensando, e tornando o Piauí centro dessa transformação”, pontuou Daniel.
Segundo ele, o Piauí tem a vocação da educação, da saúde e das energias renováveis, no entanto as pessoas não têm conhecimento do potencial. Ele afirma que o objetivo é contribuir com o crescimento do estado.
"Da nossa parte como empresa, nós queremos trazer tecnologia para gerar abundância na rede. Para que essa abundância seja descentralizada em todos os campos, não só nas pessoas e instituições envolvidas mas que saiam também para as outras pessoas de outras cidades do Piauí. A nossa parte aqui é colaborar com essa visão do governador, de sua equipe, essa nova vocação do Piauí”, pontuou o empresário.