João Paulo foi um dos dois sobreviventes do atentado a tiros de faccionados da comunidade Oitão Preto, em Fortaleza, Ceará. Ele conversou com a reportagem durante o velório do amigo morto, Aldete Rogério Saldanha, de 58 anos, e desabafou que em meio ao momentos de terror achou que ninguém sairia vivo.
"Achei que não ia sair vivo, nenhum de nós três. Estava eu, ele, o Damilton, e naquela aflição, naquele drama, naquele terror eu só pedia a Deus para a gente encontrar uma saída. A gente pede por justiça! Sabemos que não vai trazer ele de volta, mas a gente pede por justiça, é o mínimo!", disse o sobrevivente João Paulo, que preferiu não mostrar o rosto na reportagem.
ÚLTIMO ADEUS!
O velório da vítima Aldete Rogério Saldanha aconteceu nesta sexta-feira (23) até as 16h da tarde na Funerária Pax União, situada na Avenida Miguel Rosa, zona Sul de Teresina. Depois, o corpo da vítima, os amigos e familiares seguiram rumo ao cemitério onde ele foi sepultado.
ACUSADO FOI PRESO
Foi preso um jovem de 20 anos, cujo nome não foi divulgado, sob acusação de participação no crime. Ele já é conhecido pela polícia por envolvimento no submundo do crime. Ele coleciona passagens criminais por tráfico de drogas, estelionato, receptação e violação do Estatuto do Torcedor.
O acusado foi detido no bairro São Gerardo, próximo ao local do crime, que ocorreu na Comunidade do Oitão, no bairro Moura Brasil, em Fortaleza, uma área conhecida por ser dominada por uma facção criminosa.
Aldete e os empresários Antônio Damilton Rodrigues e João Paulo Henrique de Freitas saíram de Teresina na quarta-feira (21) com a intenção de se hospedar em um hotel de luxo em Fortaleza. No entanto, o GPS os direcionou para a comunidade Moura Brasil, onde ocorreu a tragédia.