Pai que matou filha foi enforcado por tentar estuprar presa trans em SP

O acusado Wellington da Silva teria tentado estuprar uma mulher trans e foi enforcado pelo namorado dela no Centro de Detenção Provisória 2, em São Paulo.

Wellington da Silva Rosas e a filha Rayssa Santos da Silva Rosas | FOTO: Reprodução
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O criminoso Wellington da Silva Rosas, que morreu após ser enforcado por um preso com uma corda improvisada no Centro de Detenção Provisória 2 (CDP 2), de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, foi assassinado porque teria tentado estuprar uma mulher trans, namorada do detento que confessou o homicídio. O fato ocorreu nessa terça-feira (02).

Motivação do assassinato: o preso identificado como Douglas Ricardo de Oliveira, de 38 anos, afirmou que namora a 3 meses com a cabeleireira Safira Salles de Oliveira, 26 anos, que se identifica com o gênero feminino. Ele alegou que matou Wellington porque a vítima teria assediado e tentado estuprar a mulher trans na noite de terça-feira. O assassino de Wellington estava preso por tráfico de drogas.

Como tudo aconteceu: Safira e outros sete presos, entre eles Wellington, foram encaminhados para a enfermaria do CDP 2, após serem retirados de duas celas do “seguro” (carceragem onde detentos são resguardados) para a pintura dos cárceres. Dos oito presidiários somente o namorado de Safira foi isolado em uma carceragem dentro da própria enfermaria.

Assédio no banho: durante o depoimento, Safira narrou que Wellington teria assediado ela enquanto tomava banho, na tarde de terça. Ele supostamente teria afirmado que ela tinha “uma bunda gostosa”, acrescentando que queria “a pegar de quatro”. Então, a cabeleireira alertou seu namorado.

Assassinato: Douglas afirmou em depoimento que após o relato da namorada sobre o assédio, já havia feito uma corda improvisada com um pedaço de calça e quando Wellington tentou estuprar Safira, Douglas conseguiu pegá-lo, colocando os braços para fora das grades, e o enforcou com a corda. Safira então começou a gritar, pedindo socorro.

Na sequência, os gritos de ajuda da cabeleireira alertaram os agentes penitenciários que foram até a enfermaria, onde encontraram Wellington inconsciente, mas ainda vivo. Ele morreu durante o trajeto do CDP 2 para o Pronto Socorro da Lapa, ainda na zona oeste de São Paulo.

Relembre o crime: segundo a polícia, Wellington Silva Rosas estrangulou a filha Rayssa Santos da Silva Rosas, de 18 anos, em seu apartamento durante a noite de domingo (24) e ainda dormiu ao lado do corpo antes de incendiá-lo. Ele admitiu ainda ter contratado um andarilho para executar o ato, pagando R$ 10 pelo serviço.

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