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Operação 'Carbono Oculto 86' deve recuperar R$ 20 milhões para o Piauí, diz Sefaz

A secretaria forneceu dados fiscais e financeiros, o que permitiu à equipe de investigação identificar movimentações suspeitas

Posto alvo da operação | Foto: Ascom SSP-PI
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O Setor de Inteligência da Secretaria da Fazenda do Piauí (Sefaz-PI) teve atuação decisiva na Operação Carbono Oculto 86, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí, nessa quarta-feira (5), e que investiga um esquema de lavagem de dinheiro com indícios de ligação ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A expectativa é de que a ação resulte na recuperação de aproximadamente R$ 20 milhões aos cofres públicos.

A Sefaz, por meio da Unidade de Fiscalização de Empresa (Unifis), com o Grupo Interinstitucional de Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Grincot), forneceu dados fiscais e financeiros, com autorização judicial, o que permitiu à equipe de investigação identificar movimentações suspeitas, emissão de notas fiscais frias, adulteração de combustíveis e a atuação de empresas de fachada no setor.

Essa operação é um marco na integração entre os órgãos de investigação e de controle fiscal. A Sefaz tem se estruturado para atuar com rigor e eficiência no combate à lavagem de dinheiro, sonegação e ao financiamento de organizações criminosas, afirmou o secretário da Fazenda, Emílio Júnior.

Durante o andamento da operação, o setor de Inteligência da Sefaz detectou também a existência de postos de combustíveis funcionando sem autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP), além de fraudes tributárias milionárias. A partir dessas informações, foram abertas 15 ordens de serviço de fiscalização, que já estão em andamento contra empresas diretamente envolvidas no esquema.

A Secretaria da Fazenda do Piauí estima que a ação resulte na recuperação de cerca de R$ 20 milhões aos cofres públicos. Além disso, a Sefaz vai solicitar quebra de sigilo bancário dos investigados e iniciar uma auditoria completa sobre o patrimônio das empresas envolvidas. Caso sejam confirmadas irregularidades graves, a inscrição estadual poderá ser cancelada, impedindo a continuidade da atividade econômica dessas empresas no território piauiense.

Foto: Ascom SSP-PI 

Sefaz-PI identifica fraudes e prevê recuperação de R$ 20 milhões

Durante a Operação Carbono Oculto 86, o setor de Inteligência da Sefaz-PI identificou postos de combustíveis irregulares, funcionando sem autorização da ANP, além de fraudes tributárias milionárias. Com base nessas descobertas, foram abertas 15 ordens de serviço de fiscalização, já em andamento contra as empresas envolvidas no esquema.

A Secretaria da Fazenda do Piauí estima que a operação pode resultar na recuperação de cerca de R$ 20 milhões aos cofres públicos. A Sefaz também vai solicitar a quebra de sigilo bancário dos investigados e iniciar uma auditoria completa sobre o patrimônio das empresas. Caso sejam confirmadas irregularidades graves, a inscrição estadual poderá ser cancelada, impedindo que as empresas continuem suas atividades no estado.

Fiscalização deve ser ampliada para outros setores, diz Sefaz-PI

O diretor da Unidade de Fiscalização (Unifis), Edson Marques, afirmou que a Sefaz-PI continua acompanhando o caso e já prepara a ampliação da fiscalização para outros setores econômicos, diante de indícios de que o esquema não se restringe ao ramo de combustíveis.

Segundo ele, a investigação monitorou a atuação das empresas desde 2023, reunindo dados cadastrais, declarações, documentos fiscais e relatórios detalhados com notas fiscais eletrônicas emitidas e recebidas pelos alvos. O diretor destacou que os principais achados fiscais foram apresentados às equipes responsáveis, permitindo avanços na desarticulação do esquema.

Foto: Ascom SSP-PI 

Operação Carbono Oculto 86 fecha 49 postos e apreende bens de alto valor

A Operação Carbono Oculto 86 levou à interdição de 49 postos de combustíveis nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins, sendo 16 apenas em Teresina. A investigação ganhou força após a venda da rede HD, realizada em dezembro de 2023, para a empresa Pima Energia e Participações, criada seis dias antes da transação — um indício que motivou o rastreamento financeiro que revelou o esquema.

Entre os bens apreendidos estão um Porsche avaliado em R$ 550 mil e um avião Cessna 210M. A inteligência da Sefaz-PI também identificou outros três aviões, após monitoramento da compra de querosene de aviação, mas eles não foram localizados durante o cumprimento dos mandados. Todos os bens serão comunicados à Anac para registro de gravame, inserindo restrições nos documentos das aeronaves.

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