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O que se sabe e o que ainda falta esclarecer sobre caso de homem que foi morto por empresários

Crime brutal teria sido motivado por suspeita de furtos em comércios; vítima identificada como como “Da Mata”, vivia em situação de rua

José Carlos Costa Araújo, conhecido como Da Mata | Foto: Reprodução/ TV Meio
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Um homem identificado como  José Carlos Costa Araújo, conhecido como Da Mata, encontrado morto com a mão decepada na madrugada de 20 de novembro deste ano no Centro de Teresina. Na segunda-feira (15), o caso ganhou um novo desdobramento com a prisão de três comerciantes apontados como os principais suspeitos da vítima que vivia em situação de rua. 

QUEM SÃO OS PRINCIPAIS ENVOLVIDOS?

Empresários presos apontados como suspeitos na morte de "Da Mata" - Reprodução/PCPI

  •  Os empresários presos apontados como suspeitos do crime são Marcos Antônio da C. Paz, João Batista José de Lima e Leocádio Silva Filho.

  • Dois dos suspeitos confessaram a motivação do crime, enquanto o terceiro permaneceu em silêncio, de acordo com a Polícia. 

MOTIVAÇÃO DO CRIME

A vítima vivia em situação de rua e anteriormente já havia sido presa pelo roubo de um ar-condicionado. De acordo com os depoimentos prestados à Polícia, os suspeitos dizem que a intenção era conter furtos e arrombamentos em seus estabelecimentos no Centro de Teresina.

A partir daí, o grupo de comerciantes teria se reunido para procurar a vítima, apontada como suspeita de crimes anteriores.

COMO ACONTECEU O CRIME?

  • Um grupo de quatro pessoas abordaram e executaram a vítima na Avenida Maranhão no dia 19 de novembro;

  •  Imagens de câmeras mostram que José Carlos tentou fugir, mas foi alcançado, imobilizado e agredido com pedaços de barras de ferro e facão;

  • A vítima foi arrastada até o outro lado da avenida próximo ao Rio Paranaíba. Em seguida, o grupo fugiu a pé e o corpo só foi encontrado duas horas depois com uma das mãos decepadas. 

TESTEMUNHAS OUVIRAM OS GRITOS

O corpo foi localizado na Avenida Maranhão, em frente ao Lojão Paraíba. Testemunhas relataram que ouviram gritos de socorro, mas não puderam ajudar porque uma caminhonete branca com homens armados e encapuzados estava no local. 

O crime ocorreu durante forte chuva, e moradores próximos não conseguiram identificar os autores.

PRISÃO DOS SUSPEITOS

 Os investigados foram presos durante Operação Nêmesis, deflagrada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na segunda-feira (15). Na ocasião, um veículo usado no dia do crime também foi apreendido. 

Carro apreendido que teria sido utilizado no crime - Foto: PCPI

A ação dos suspeitos teria sido motivada por vingança após supostos furtos na região central da capital. 

FASE ATUAL DAS INVESTIGAÇÕES

Agora, a Polícia Civil segue dando andamento às investigações do caso. O DHPP afirma que seguirá atuando para responsabilizar todos os envolvidos e coibir crimes contra a vida, especialmente aqueles cometidos com tamanha brutalidade no espaço público.

O QUE AINDA ESTÁ EM APURAÇÃO?

Com os novos desdobramentos do caso, e apesar das prisões e das confissões parciais, a Polícia Civil ainda apura pontos fundamentais para o fechamento do caso:  

Identificação de todos os envolvidos: a polícia investiga se há outras pessoas que participaram direta ou indiretamente da execução além dos quatro suspeitos.

Papel individual de cada investigado: o DHPP apura quem teria idealizado, executado ou auxiliado no crime, além do grau de participação de cada um.

Circunstâncias da mutilação da vítima: a polícia busca esclarecer em que momento ocorreu a decepação da mão e se o ato teve intenção de execução ou de intimidação.

Julgamento dos crimes : o caso pode ser enquadrado como homicídio qualificado, a depender da conclusão das investigações e da análise do Ministério Público.

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