Em entrevista ao POD Campeão, do programa Ronda com Silas Freire, o vereador Pedro Alcântara (PP) deu detalhes sobre o indicativo de Projeto de Lei que pretende criar condições humanitárias para estrangeiros que desejam retornar voluntariamente aos seus países. O IPL ganhou notoriedade quando foi associado ao caso dos venezuelanos em Teresina.
O indicativo de Projeto de Lei apresentado pelo vereador propõe criar condições para que estrangeiros que desejam retornar voluntariamente aos seus países possam ter apoio do poder público. Segundo o parlamentar, o prefeito já deu aval para a medida, que deve beneficiar não apenas imigrantes em situação de rua, mas todos os estrangeiros que manifestarem interesse na repatriação.
O tema tem gerado discussão, especialmente devido à presença de venezuelanos em situação de vulnerabilidade. De acordo com Pedro Alcântara, existem atualmente 56 famílias venezuelanas na cidade, totalizando cerca de 300 pessoas. Ele afirmou que, apesar de receberem assistência como alimentação e moradia, muitos continuam em condições precárias, inclusive pedindo esmolas com crianças no trânsito.
BENEFICIOS SOCIAIS
O vereador também questionou a utilização de benefícios sociais pelos imigrantes. "O que eles fazem com esse dinheiro?" perguntou, referindo-se ao fato de que 49 dessas pessoas recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Durante a entrevista ele relatou episódios em que venezuelanos foram vistos consumindo bebida alcoólica nas ruas.
Pedro Alcântara também rebateu críticas feitas pelo vereador Dudu (PT), que o comparou ao ex-presidente norte-americano Donald Trump. "Vereador Dudu me chamou de novo Trump. Por quê? Aqui não tem corrente, algema, não tem extradição, nem deportação. Aqui é voluntário", afirmou.
O projeto prevê a criação de um kit de assistência para os estrangeiros que quiserem retornar aos seus países. A medida busca garantir que a repatriação ocorra de maneira humanitária e organizada. O vereador também destacou que a Polícia Federal tem recebido estrangeiros solicitando passagens aéreas, na crença de que a instituição arcaria com os custos da viagem.
Ainda não há previsão para a votação do projeto na Câmara Municipal, mas a proposta deve seguir para discussão nas próximas semanas.