O Instituto Novo Sertão, sediado na cidade de Betânia do Piauí, situada a 516,1 km da capital Teresina, foi eleito uma das "100 Melhores ONGs do Brasil". Este é o terceiro ano consecutivo que a organização recebe esse reconhecimento, concedido pelo Instituto O Mundo que Queremos (IOMQQ) em colaboração com o Instituto Doar.
A ONG é uma das poucas organizações do Nordeste a integrar essa lista. Desde 2017, o Prêmio Melhores ONGs tem vindo a destacar o serviço das organizações não governamentais no Brasil, servindo como um guia para doações e promovendo boas práticas que melhoram a gestão de todas as organizações participantes.
O Instituto Novo Sertão atua em áreas como cultura, esporte, agricultura sustentável, educação, distribuição de água potável, alimentos e roupas. A organização tem como meta atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, com foco na erradicação da pobreza no semiárido.
Na cidade de Betânia do Piauí, com pouco mais de 6 mil habitantes, a ONG criou a primeira banda sinfônica do município e uma escola de música com dezenas de crianças e jovens na região.
Em seu principal projeto esportivo, o Futsertão, a instituição assiste 150 jovens e crianças, com a inclusão atividades de atividades físicas. Além disso, colabora com parceiros, como Betalab e Bora Permacultura, na criação da Escola Beta, que capacita famílias rurais do sertão semiárido em práticas agrícolas sustentáveis.
Conforme relatado pelo instituto, já foram investidos 650 mil Reais em investimentos sociais no sertão em 2023, com crianças e jovens atendidos semanalmente em nossos projetos e mais de 6.000 Kg de alimentos produzidos pelo programa de agricultura familiar.
História da Instituição
O instituto teve origem em 2012, quando José Carlos, conhecido como Zé da Água, conheceu Betânia do Piauí e seus muitos vilarejos carentes ao redor. Ele vinha da capital Teresina, localizada a aproximadamente 500 km da pequena cidade sertaneja. As primeiras ações concentraram-se na entrega de insumos emergenciais, como água, comida e roupas, para pessoas que viviam em extrema pobreza.
Nessa época, o sertão enfrentava um período prolongado de seca, o pior dos últimos 50 anos, o que tornava esses insumos de emergência de extrema importância.
Entretanto, após um breve período de assistência emergencial, José e seus amigos colaboradores perceberam que essas atividades não eram suficientes para provocar uma mudança completa na realidade de miséria e falta de esperança vivenciada no sertão. Foi nesse contexto que, em 2015, ele fundou o Instituto Novo Sertão.