Em 1991, a população do estado do Piauí era de 2.582.075 pessoas e em 2022 atingiu 3.271.199 pessoas, um crescimento de 26,68% no período. Ao analisarmos a população piauiense sob a ótica da cor ou raça da população, temos que em 1991 a população de cor ou raça preta apresentava uma participação de 5,6% em relação ao total da população no estado do Piauí, tendo crescido para 12,25% em 2022, uma elevação na participação de cerca 118,75% em 3 décadas.
Em termos quantitativos, a população preta apresentava um contingente de 144.593 pessoas em 1991, tendo passado para 400.662 pessoas em 2022, crescimento de 256.069 pessoas naquele mesmo período. O Brasil também apresentou crescimento da participação da população de cor ou raça preta no total da população, tendo passado de 5% em 1991 para 10,17% em 2022, uma elevação de cerca de 103,4%, pouco inferior à registrada pelo Piauí. São informações de Identificação étnico-racial da população brasileira, obtidas através do Censo Demográfico 2022, de acordo com autodeclaração das próprias pessoas entrevistadas.
A população de cor ou raça branca em 1991 representava 21,85% da população total do Piauí, tendo passado a 22,63% em 2022, um crescimento de 3,56% na participação naquele período. Merece destaque que a população branca já registrou participação maior que a de 2022, tendo chegado a registrar uma participação de 26,47% em 2000 e de 24,35% em 2010. Em termos quantitativos, a população branca era de 564.220 pessoas em 1991 e passou para 740.322 pessoas em 2022, crescimento de 176.102 pessoas no período. No Brasil, a população de cor ou raça branca representava 51,56% do total da população em 1991, tendo passado para 43,46% em 2022, uma redução na sua participação da ordem de 15,71%.
A população de cor ou raça parda em 1991 representava 72,38% da população do Piauí, tendo reduzido sua participação no total da população para 64,83% em 2022, queda de 10,43% no período. Em termos quantitativos, em 1991 havia 1.868.869 pessoas, tendo passado para 2.120.880 pessoas em 2022, um crescimento de 252.011 pessoas em 3 décadas. No Brasil, a população de cor ou raça parda representava 42,45% do total da população em 1991 e passou a representar cerca de 45,34% em 2022, crescimento de 6,81% no período.
A população indígena em 1991 representava cerca de 0,01% do total da população do Piauí, tendo crescido sua participação para 0,22% da população em 2022, aumento de 2.100% no período. Em termos quantitativos, a população indígena passou de 316 pessoas em 1991 para um total de 7.202 pessoas em 2022, um aumento de 6.886 pessoas. Contudo, cabe uma observação em relação a essa população considerada indígena em 2022, pois nas entrevistas do Censo Demográfico 6.198 pessoas (0,19%) autodeclararam-se efetivamente como de cor ou raça indígena e 1.004 pessoas (0,03%) que residiam em áreas indígenas, apesar de terem declarado outra cor ou raça, afirmaram “considerar-se indígena”, razão pela qual foram incluídas no total daquela população, perfazendo um total de 7.202 pessoas (0,22%). No Brasil, a população indígena representava cerca de 0,2% do total da população do país em 1991 e passou a 0,8% em 2022.
A população de cor ou raça amarela, aqui entendida como aquela de origem oriental (chinesa, japonesa, coreana etc), representava cerca de 0,03% do total da população do estado do Piauí em 1991, tendo passado para 0,09% em 2022, crescimento de 200% no período. Em termos quantitativos, em 1991 havia no Piauí 780 pessoas de cor ou raça amarela, tendo passado para 3.078 pessoas em 2022, incremento de 2.298 pessoas. No Brasil, a participação da população de cor ou raça amarela era de 0,43% em 1991, tendo passado para 0,42% em 2022, redução de 0,01% no período.
No Brasil, as unidades da federação com maior participação da população por cor ou raça foram: cor ou raça branca, o Rio Grande do Sul, com 78,4%; cor ou raça preta, a Bahia, com 22,4%; cor ou raça amarela, São Paulo, com 1,2%; cor ou raça parda, o Pará, com 69,9%; e cor ou raça índígena, Roraima, com 14,1%.