Em entrevista ao Bom Dia Meio, o delegado Yan Brainer, da diretoria de inteligência da Polícia Civil do Piauí, explicou que apesar de ser eleito suplente de vereador, Gasparino Lustosa Azevedo, preso nesta terça-feira (19), não possuía os requisitos legais para se candidatar. Em sua fala, a autoridade esclareceu o que poderia ter causado a falha que permitiu o ocorrido. Ele é condenado por estupro de vulnerável e agressão.
O CRIME
Além de ter sido eleito suplente de vereador na cidade de Sebastião Barros, com 135 votos, ele é agente de saúde da prefeitura da cidade desde 2013. Ele foi sentenciado a uma pena de 10 anos de reclusão em regime fechado pelo crime ocorrido no natal de 2015, que deixou uma adolescente inconsciente.
“Teria estuprado e espancado uma jovem, até deixá-la inconsciente, na cidade de sebastião Barros”, afirmou o delegado. O caso teve ampla repercussão após a descoberta de irregularidades na emissão de certidão de ficha limpa, emitida pelo Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), que permitiu a inscrição como suplente de vereador.
FALHA TÉCNICA
“Ele não tem um dos requisitos que a lei eleitoral demanda para que você seja eleito para um cargo politico, que é a ficha limpa. Foi uma falha técnica, é normal que aconteça em alguns sistemas. A gente evita ao máximo, mas como era um processo que estava em sigilo, e a falha de comunicação de algum servidor, foi emitido uma certidão que ão corresponde com a verdade. Ele não era ficha limpa, então não poderia se quer ter sido candidato”, destacou Yan Brainer.
Na certidão não consta o crime, e caso ela tivesse sido emitida corretamente, Gasparino teria sido vetado da Justiça Eleitoral de disputar a eleição.
PRISÃO
Gasparino foi preso após uma ação conjunta, as polícias civis do Piauí e do Distrito Federal, no bairro Sol Nascente, em Brasília (DF). A ação fez parte da Operação Lembrados, que tem como objetivo localizar e capturar foragidos da Justiça envolvidos em crimes graves.