O caso envolvendo Pedro Lopes, conhecido popularmente como Lokinho, e seu namorado, Stanlley Gabryell, ganhou novos desdobramentos nesta quinta-feira (6). Em entrevista a Rede Meio, o advogado de defesa do casal, Dr. Leonardo Queiroz, explicou que após a mudança no entendimento do Judiciário, que desclassificou o crime como homicídio doloso (quando há intenção de matar), Stanlley pode ser liberado ainda neste fim de semana.
“Ele deve ser liberado, deve responder ao processo na nova tipificação em liberdade. Entretanto, devido à burocracia, digamos assim, a um rito, a um procedimento legal, ele não pode ser solto pela própria juíza que desclassificou a conduta de crime doloso para culposo. Após perder a competência do juízo do tribunal do júri, o processo será remetido ao novo juízo criminal competente para apreciar crimes de trânsito, e este novo juízo é quem deverá se posicionar a respeito da liberdade do acusado”
O advogado ainda destacou que a defesa está agilizando a movimentação processual e elaborando um Habeas Corpus para a soltura de Stanlley.
O QUE ACONTECEU?
Na noite do dia 6 de outubro de 2024, Stanlley conduzia uma picape Ram Rampage na BR-316, quando atropelou e matou Kassandra de Sousa Oliveira e Marly Ribeiro da Silva, além de deixar duas crianças feridas. O acusado foi preso em flagrante e teve sua prisão convertida em preventiva no dia seguinte.
Pedro Lima Lopes estava no banco do passageiro no momento do acidente. Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público, ambos não possuem Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
DECISÃO
A decisão, proferida nesta quinta-feira (6), considerou que as condutas dos acusados se enquadram na modalidade culposa na direção de veículo automotor, e via de consequência. O advogado de defesa reforçou:
“A decisão da juíza, ela se baseia nas provas processuais e na lei. Nós temos um código de trânsito brasileiro que prevê esta conduta praticada e não há qualquer outro elemento que caracterize a modalidade de dolo eventual. Portanto, o posicionamento que a defesa vinha defendendo desde o início do processo foi agora homologado pelo Poder Judiciário”