Anderson Maranhão, motorista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), recebeu alta após ser baleado na perna ao atender uma vítima de tiros em Teresina, no último sábado (15). Com uma década de experiência no SAMU, ele concedeu entrevista para o repórter Kilson Dione e compartilhou os detalhes do momento de desespero que ele e a equipe médica enfrentaram.
"Quando chegamos para abordar a vítima, começou o tiroteio. A origem dos disparos eu não sei dizer, pois não foi possível identificar naquele momento de desepero. Apenas ouvi o primeiro disparo e, em seguida, senti minha perna sendo atingida, o que me levou a cair. O projétil causou uma fratura na minha tíbia", relatou Anderson Maranhão.
Anserson falou que ouviu gritos após a enfermeira da equipe também ser atingida. "O médico assumiu o controle da ambulância e consegiu levar todo mundo para o Hospital de Urgências de Teresina (HUT), onde a gente recebeu atendimento. Foi um momento de terror", falou.
Após receber alta hospitalar, Anderson Maranhão continuará o processo de recuperação em casa, mas ainda enfrenta a limitação de movimentos na perna. Ele deve passar por sessões de fisioterapia.
Na segunda-feira (16), profissionais da enfermagem fizeram uma manifestação pedindo por segurança. Em seguida, a Prefeitura de Teresina anunciou que a Guarda Municipal vai acompanhar atendimentos que julgarem necessário ter segurança. A viatura terá três guardas e ficará na sede do Samu com os plantonistas.
O Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí (Senatepi) informou que iria notificar a Fundação Municipal de Saúde (FMS) para que o órgão busque uma aproximação com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) para garantir segurança aos profissionais.