Em menos de duas horas, a praia do arrombado, no litoral do Piauí, registrou duas mortes nesta sexta-feira (15). Os casos comoveram a população, dentre eles um pai e filho foram tragicamente levados pela maré forte. Além disso, um jovem morreu neste domingo (17) após tentar atravessar o Rio Parnaíba, em Teresina. Diante dos acontecimentos, o Corpo de Bombeiros Militar alertou a população para os riscos.
POSSÍVEIS CAUSAS
Segundo as autoridades, até o momento, o corpo de bombeiros já contabiliza 24 mortes por afogamento no estado em 2024, enquanto, em todo o ano de 2023, foram registrados 42 óbitos. O órgão explicou que grande parte das ocorrências está relacionada ao desrespeito aos limites de segurança estabelecidos pelos Grupamentos de Busca e Salvamento e pelos Guardas-Vidas.
Além disso, dados do CBMEPI mostram que a maioria das vítimas de afogamentos no estado são turistas ou pessoas que visitavam os locais pela primeira vez, e por não terem conhecimento do local, não sabiam os pontos de riscos. O Tenente Pedro Bento, bombeiro militar com ampla experiência em resgates, alerta sobre os principais cuidados para prevenir tragédias.
"A natureza encanta, mas também oferece perigos. É essencial respeitar as medidas de segurança, principalmente em locais desconhecidos. Placas de sinalização devem ser seguidas à risca. Evite nadar em áreas desconhecidas, saltar de locais elevados, deixar crianças sozinhas na água e, sobretudo, nadar após consumir bebidas alcoólicas. Esses cuidados básicos fazem toda a diferença para garantir um passeio seguro", alertou o militar.
Diante do maior fluxo de banhistas, especialmente durante os finais de ano, as equipes estão intensificando as ações.
"Nosso planejamento considera as peculiaridades de cada região do estado. Além da presença constante nas áreas de risco, realizamos ações preventivas com banhistas, turistas e comerciantes, sempre visando à segurança e preservação de vidas,” explicou o Tenente Pedro Bento.
Cuidados importantes para adultos e crianças em ambientes aquáticos:
•Evitar pular de cabeça, devido à possibilidade de pedras ou bancos de areia encobertos pela água.
- Não consumir bebidas alcoólicas ou alimentos pesados antes de nadar.
- Priorizar áreas delimitadas para banho.
- Lembrar que a profundidade pode variar com o tempo, mesmo em locais frequentados anteriormente.
- Água na altura do umbigo é sinal de perigo: ao perceber essa profundidade, o banhista deve retornar para áreas mais rasas.
- Para crianças, optar por coletes de espuma ajustáveis ao corpo em vez de boias infláveis, que podem estourar.
- Sempre manter crianças à distância de um braço de um adulto durante o banho.
- Em casa, cercar piscinas com grades de pelo menos 1,5 metro de altura e utilizar lonas protetoras para evitar acidentes com crianças e animais.
- Evitar deixar baldes e bacias com água acessíveis a bebês.