
Duas meninas, identificadas como Ana Clara Carvalho, de 6 anos, e Ayla Bendita Monteiro, de apenas 3 anos, morreram com cerca de 15 dias de diferença, apresentando sintomas que levantaram suspeitas de dengue. Ambas eram vizinhas e residiam na Ocupação Mirante do Uruguai, situada na região no Planalto Uruguai, zona Leste de Teresina.
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) emitiu uma nota esclarecendo os casos e ressaltou que investiga a causa de uma das mortes como encelefalite viral.
PRIMEIRO CASO
Conforme a FMS, o primeiro caso ocorreu entre fevereiro e março deste ano, onde a criança ficou internada no Hospital de Urgência de Teresina com sintomas de encefalite viral. A fundação explicou:
Os exames preliminares realizados no Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (LACEN-PI) mostraram positividade/reatividade para vários vírus distintos, constantes no painel de investigação laboratorial de rotina implementado pelo Serviço de Vigilância em Saúde da FMS, em 2013.
DENGUE E INVESTIGAÇÃO DA CAUSA DA MORTE
Apesar da suspeita inicial, a FMS ressaltou que não é possível confirmar que a morte da criança tenha sido causada por dengue. Todos os exames que detectam o material genético do vírus (RT-PCR) realizados no LACEN foram negativos.
Amostras de sangue, urina e líquido cefalorraquidiano foram enviadas ao Instituto Evandro Chagas, laboratório de referência do Ministério da Saúde, para análise aprofundada. O resultado dos exames deve ser divulgado em até 60 dias.
SEGUNDO CASO
Quanto à morte da segunda menina, a FMS informou que o caso foi analisado pelo Serviço de Verificação de Óbito de Teresina, que concluiu que a causa da morte foi gastroenterite e sepse (infecção generalizada).
Nota de esclarecimento
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) esclarece que está investigando a causa da morte de uma criança vitimada por “encefalite viral” e que esteve internada no Hospital de Urgência de Teresina, entre fevereiro e março do corrente ano.
Os exames preliminares realizados no Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (LACEN-PI) mostraram positividade/reatividade para vários vírus distintos, constantes no painel de investigação laboratorial de rotina implementado pelo Serviço de Vigilância em Saúde da FMS, em 2013.
Essa situação configura o que denominamos “reações cruzadas” entre os testes baseados na detecção de anticorpos contra vários vírus, provavelmente por hiperativação do sistema imunológico frente a um adoecimento grave.
Dessa forma, não é possível ainda afirmar que a inflamação do cérebro e, portanto, que a morte da criança tenha sido causada por dengue.
Todos os exames que podem trazer certeza ao diagnóstico de uma infecção (baseados na técnica RT-PCR, em que se detecta o material genético do vírus) realizados no LACEN mostraram-se negativos. Entretanto, amostras de sangue, de urina e do líquido cefalorraquidiano da criança foram encaminhadas ao Instituto Evandro Chagas – laboratório de referência do Ministério da Saúde para diagnóstico de infecções por arbovírus.
No referido instituto, exames mais aprofundados poderão esclarecer qual a real causa da morte da criança. O prazo estimado para liberação desses exames é de 60 dias.
Já quanto ao óbito de uma outra criança, em tese, vizinha da que sofreu encefalite, ressalta-se que o caso foi analisado pelo Serviço de Verificação de Óbito de Teresina, concluindo-se, no atestado de óbito emitido pelo médico patologista por gastroenterite e sepse (infecção generalizada) como causas da morte.