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Mercado Central de Teresina guarda relíquias e memórias desde 1854

Um passeio pelo local é um convite para revisitar a história da Teresina planejada, que nasceu ao lado da igreja de Nossa Senhora do Amparo.

Mercado Central de Teresina oferece uma variedade de produtos comercializados que retrataram a cultura local | Foto: Paulo Barros
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O Mercado Central de Teresina abriga um valioso acervo histórico ainda pouco conhecido pela população. O espaço preserva peças originais da construção inaugurada em 1854, incluindo objetos e elementos arquitetônicos da primeira edificação. Esse patrimônio ajuda a contar a trajetória do mercado como um dos principais marcos da cidade e centro comercial desde a fundação da capital, que completa 173 anos em 16 de agosto.

Um passeio pelo local é um convite para revisitar a história da Teresina planejada, que nasceu ao lado da igreja de Nossa Senhora do Amparo. Juntos, mercado e igreja foram os primeiros prédios erguidos na nova capital, idealizada para crescer às margens do rio Parnaíba e impulsionar o comércio local.

Memórias do local

A série especial Orgulho de ser teresinense, inicia seu roteiro justamente no centro histórico, mostrando como o espaço guarda memórias vivas de quem constrói e vive a cidade diariamente. Entre essas histórias está a de Seu Francisco, o Chicão, que há mais de meio século dedica sua vida ao Mercado Central. “Eu brinquei muito aqui e era bom demais. A Ceasa era na parte de cima e a gente comia muita banana, muita laranja que o pessoal dava pra gente de graça. Era bom”, relembra.

O movimento diário mantém o mercado como ponto de encontro e cartão de visita para quem deseja conhecer a essência da capital. “Quando você vai numa cidade, você sempre quer conhecer o mercado central, o artesanato. Eu fico muito feliz por estar aqui mostrando isso pro pessoal de fora, pro pessoal do nosso Piauí, do nosso estado e região. Eu sou muito grata a Deus por ser teresinense. Teresina é um pedacinho de mim e um pedacinho de todos nós”, afirma a artesã Marinalva Alves.

Essa identidade também acolhe quem veio de outras regiões e escolheu Teresina para viver. É o caso de Antenor Gomes, natural de Jerumenha. “O que tenho, agradeço ao mercado e tenho muito orgulho de trabalhar aqui”, diz. Já Antonio Luis Brito, que deixou Bocaina há 35 anos, completa: “Cheguei aqui em 1990 com a família e ainda hoje estamos na mesma casa. Meus filhos não querem nem saber de sair de Teresina. E eu também não. Aqui temos amigos. É muito bom!”.

Com suas histórias e tradições, o Mercado Velho, ou Mercado São José, como é oficialmente chamado, segue como um símbolo forte da identidade teresinense — um espaço onde passado e presente se encontram todos os dias.

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