O médico Agenor de Almeida Lira, que integra a Equipe de Saúde da Família (ESF) do município de Amarante, realizou, na quarta-feira (5), uma palestra no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, onde destacou o aumento na gravidade dos casos de dengue. Recentemente, o médico perdeu a filha, Laysa Lira e o neto, Rafael Lira, para a dengue hemorrágica.
Segundo o médico, houve mudanças significativas nos sintomas da dengue, onde antigamente, as principais características eram dor de cabeça, febre e moleza no corpo. Atualmente, os sintomas são mais gastrointestinais, com náuseas, vômitos, dor de estômago. Ele destacou ainda que o vírus tipo 3, que sofreu mutações, é hoje muito agressivo, podendo levar pessoas a óbito em um pequeno espaço de tempo.
“Antigamente, a dengue era caracterizada por dor de cabeça, febre e moleza no corpo. Atualmente, os sintomas são mais gastrointestinais, incluindo náuseas, vômitos, dor de barriga e dor no estômago”, explicou.
Agenor também levantou um alerta durante a palestra, a respeito da inexistência no Brasil de vacinas eficazes para os tipos mais graves da dengue. “As vacinas disponíveis cobrem apenas os tipos 1 e 2. Não há tratamento específico para a dengue; a hidratação intensa é necessária para tentar salvar o paciente”, disse.
E o destaque central da palestra foi no quesito da prevenção, principalmente relacionado ao trabalho dos agentes comunitários de saúde, que trabalham diretamente na fiscalização e eliminação dos focos do mosquito. “Pedimos maior vigilância e ações enérgicas para prevenir a proliferação do mosquito da dengue em áreas residenciais, especialmente em propriedades fechadas e abandonadas”, disse o Dr. Agenor.
(Com informações do portal Somos Notícia)