A taxa de fecundidade total é o indicador que dá uma estimativa do número médio de filhos que uma mulher tem ao longo de sua vida reprodutiva, considerando as taxas de fecundidade específicas de cada idade.
No Piauí, esse indicador aponta que as mulheres piauienses tinham uma média de 1,66 filho em 2022, superior à média observada para as mulheres brasileiras, que era de 1,55 filho, e superior também à média registrada para as mulheres nordestinas, que era de 1,60 filho. Na região Nordeste, a média de filhos por mulher no Piauí só ficava abaixo da média das mulheres de Alagoas (1,77) e das mulheres do Maranhão (1,75).
No Brasil, os estados que apresentaram as maiores taxas de fecundidade total (número médio de filhos por mulher) foram: Roraima (2,19), Amazonas (2,08) e o Acre (1,90). As menores taxas de fecundidade ficaram com: Rio de Janeiro (1,35), Distrito Federal (1,38) e São Paulo (1,39). No Brasil, 19 unidades da federação apresentaram uma taxa de fecundidade total superior à média do Brasil, enquanto outras 8 unidades apresentaram uma taxa inferior.
É importante ressaltar, que apenas o estado de Roraima superou o chamado “nível de reposição”, de 2,1 filhos por mulher, que é a taxa de fecundidade total média considerada necessária para que uma população mantenha seu tamanho estável ao longo do tempo, sem crescer ou diminuir, desconsiderando-se o efeito das migrações.
O Censo Demográfico 2022 mostrou um aumento na proporção de mulheres de 50 a 59 anos que não tiveram filhos ao longo da vida fértil. No Piauí, esse percentual passou de 10,8% em 2010 para 13,9% em 2022. No Brasil, a proporção subiu de 11,8% para 16,1% no mesmo período.
Mulheres com ensino superior têm menos filhos que as demais por nível de instrução
O Censo 2022 mostra que a taxa de fecundidade no Piauí diminui com o aumento da escolaridade. Mulheres com ensino superior completo têm, em média, 1,17 filho — o menor índice. Já aquelas sem instrução ou com fundamental incompleto têm 2,16 filhos, o maior. Mulheres com fundamental completo e médio incompleto têm média de 1,94 filho, e as com médio completo e superior incompleto, 1,50.
Mulheres indígenas são as que apresentam maior média de filhos por cor ou raça
No Brasil, mulheres indígenas apresentam a maior taxa de fecundidade por cor ou raça, com média de 2,8 filhos. Já as mulheres de raça amarela têm a menor, com 1,2 filho. Mulheres pardas têm, em média, 1,7 filho; pretas, 1,6; e brancas, 1,4.
Mulheres evangélicas têm a maior média de filhos e as espíritas, a menor
Em 2022, mulheres evangélicas tiveram a maior taxa de fecundidade entre os grupos religiosos, com média de 1,7 filho. As espíritas registraram a menor, com 1,0. Católicas e mulheres sem religião tiveram, em média, 1,5 filho; seguidas por outras religiosidades (1,4) e por adeptas da umbanda e candomblé (1,2).