SEÇÕES

Mais de 800 objetos usados para privatizar vagas são recolhidos em Teresina, diz Strans

Com aumento de denúncias, Strans intensifica recolhimento de objetos usados para reservar vagas indevidamente na capital

Ações da Operação Vaga Livre | Foto: Reprodução
Siga-nos no

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) intensificou as ações da Operação Vaga Livre, iniciativa que combate a prática de reservar vagas públicas para uso privado em ruas de Teresina. Cones, cavaletes, tábuas e outros materiais usados para bloquear estacionamentos vem sendo apreendidos semanalmente pelas equipes de fiscalização.

De acordo com o gerente de fiscalização da Strans, Denis Lima, a prática tem se tornado cada vez mais comum.

“É uma prática irregular e cada vez mais corriqueira na cidade de Teresina. Muitas pessoas acabam loteando ou negociando essas vagas, seja por guardadores de carros, seja por estabelecimentos como lojas, clínicas, lanchonetes e empresas que acreditam que o espaço deve ser reservado apenas aos seus clientes”, afirmou.

O profissional destacou que as vagas são públicas e não podem ser apropriadas.

“A legislação prevê notificação e remoção desses objetos. De janeiro para cá, já recolhemos mais de 800 itens entre cones, cavaletes e diversos materiais usados para privatizar vagas”, acrescentou.

O aumento desse tipo de irregularidade é mais evidente na região central e na área hospitalar da cidade.

“Recebemos muitas denúncias do cidadão teresinense de todas as zonas da cidade. Qualquer pessoa pode denunciar pelos nossos canais, seja WhatsApp, seja Ouvidoria”, explicou o gerente.

Apesar dos recolhimentos constantes, a reincidência preocupa.

“Infelizmente, ocorre a reincidência. Em alguns pontos, recolhemos os materiais e, em outras oportunidades, encontramos novos objetos. Mas a Strans é incansável em relação a isso. Vamos fazer valer o que a legislação diz. Pelo menos duas vezes por semana realizamos essa operação em toda a cidade, com foco maior na região central, Praça da Bandeira e área hospitalar”, disse.

Punições são brandas

O órgão reforça que estabelecimentos privados flagrados praticando a reserva irregular de vagas também podem ser punidos.

Estabelecimentos privados flagrados praticando a reserva irregular (Foto: Reprodução Strans)

“Locais privados que fazem essa prática podem e devem ser notificados. A legislação prevê punição tanto para CPF quanto para CNPJ. Sempre orientamos os proprietários, retiramos o material, e, em caso de reincidência, haverá notificação”, completou.

A Operação Vaga Livre é amparada pelo Código de Trânsito Brasileiro, que proíbe a obstrução de vias públicas e qualquer tentativa de privatização do espaço compartilhado. A iniciativa possui caráter educativo e fiscalizatório, com o objetivo de garantir mobilidade, ordenamento urbano e o direito de ir e vir.

A população pode enviar denúncias e fotos pelo telefone e WhatsApp (86) 3122-7617, pela Ouvidoria Municipal ou pelo número 118, canal direto da Strans.

Fiscalização também mira veículos abandonados

Paralelamente à Operação Vaga Livre, a Strans mantém ações de combate ao abandono de veículos em vias públicas. O problema, segundo a Superintendência, tem gerado reclamações em diversos bairros da cidade.

“Temos mais de 80 denúncias de veículos abandonados. Em cada caso, verificamos a situação, conversamos com o proprietário e damos um prazo legal de cinco dias úteis para que a irregularidade seja sanada. Não havendo solução, o veículo é removido”, informou a equipe responsável pela fiscalização.

Veículos deixados por longos períodos nas ruas podem gerar riscos à segurança, acúmulo de lixo, proliferação de insetos e obstrução de vagas.

Após a remoção, o automóvel é levado para o pátio da Strans, e o proprietário só pode retirá-lo após regularizar a situação e pagar as taxas correspondentes.

As operações continuam ocorrendo semanalmente e também dependem de denúncias da população.

Tópicos
Carregue mais
Veja Também