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Mais de 22 mil crianças foram registradas sem nome do pai no Piauí desde 2016

A Defensoria Pública realizará, no dia 15 de agosto, a campanha “Meu Pai Tem Nome”, voltada ao reconhecimento de paternidade e maternidade.

Pai segurando a mão do filho. | Foto: CANVA
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A ausência do nome do pai no registro civil é uma realidade para mais de 22 mil crianças no Piauí desde 2016, segundo a Defensoria Pública do Estado. Somente nos primeiros seis meses de 2025, cerca de 5,65% dos nascimentos no estado se enquadram nessa estatística, colocando o Piauí como o segundo estado do Nordeste com o maior índice de registros incompletos, atrás apenas do Maranhão.

Após sete anos de crescimento, o percentual de crianças registradas sem o nome do pai teve uma leve queda em 2024, atingindo 7,06%, conforme dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

Ainda assim, o problema permanece evidente: dos 15.160 nascimentos registrados no primeiro semestre deste ano, 858 não tiveram o reconhecimento paterno. No cenário nacional, o Piauí ocupa a 7ª posição entre os estados com os maiores percentuais de registros sem o nome do pai.

Meu Pai Tem Nome

Pensando em mudar essa realidade, a Defensoria Pública realizará, no dia 15 de agosto, a campanha nacional “Meu Pai Tem Nome”, voltada ao reconhecimento de paternidade e maternidade. No Piauí, as ações ocorrerão nos municípios de Teresina, Bom Jesus, Corrente, Floriano, Oeiras, São Raimundo Nonato, Uruçuí e Parnaíba.

Serão ofertados, de forma gratuita e acessível:

  • Sessões de mediação e conciliação;
  • Orientações jurídicas;
  • Exames de DNA.

Em Teresina, as atividades ocorrerão das 8h às 14h, na sede da Defensoria Pública, localizada na Rua Nogueira Tapety, 138, zona Leste.

  • As inscrições e mais informações podem ser obtidas por meio dos números de WhatsApp: (86) 99477-7817 e (86) 99426-1053.

Na capital, os atendimentos terão atenção especial para as famílias de pessoas privadas de liberdade.

“A campanha ‘Meu Pai Tem Nome’ é uma ação essencial para garantir o direito à identidade e à filiação. Mais do que um nome na certidão, estamos falando de dignidade, de pertencimento e de acesso a direitos como saúde, educação e convivência familiar. A Defensoria Pública atua de forma permanente para assegurar que nenhuma criança cresça sem o reconhecimento de sua origem”, afirmou a defensora pública geral do Estado do Piauí, Carla Yáscar Bento Feitosa Belchior.

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