Exclusivo Mãe presa por matar a filha culpa companheiro: “Fui pressionada a assumir tudo”

Durante o depoimento a mulher negou as acusações, e afirmou que o companheiro a ameaçava para assumir autoria do crime

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A mãe e o seu companheiro foram indiciados por tortura e morte da criança | Reprodução/Redes sociais

Maria Kerolaynne, presa acusada de torturar e matar a própria filha de apenas 3 anos em Esperantina, no Norte do Piauí, negou ter cometido o crime. Em depoimento à polícia, ela afirmou que "se considera uma boa mãe", e culpou o companheiro, que também foi indiciado pela morte de Ana Kerolaynne Gomes Nunes.

"Eu jamais iria apoiar acontecer uma situação dessa. Eu sou mãe de quatro filhos, sempre fui mãe e pai, e nunca ia deixar acontecer isso. Eu estava trabalhando [...] a pessoa não tá ali pra ver o que tá acontecendo, e os laudos foi comprovado que foi ele, então se ele fez, ele tem mais é que pagar. Eu só vi ela por chamada de vídeo, eu estava no trabalho. Eu não cheguei nem a ver minha filha no hospital. Agora a justiça tem que ser feita. Já sofri ameaças também. Ele queria que eu assumisse tudo. Fui pressionada a assumir tudo", detalhou à reportagem.

Em depoimento, a mulher negou o crime e culpou o companheiro (Foto: Reprodução Tv Meio) 

presa pela 2ª vez

A prisão de Maria Kerolaynne ocorreu pela segunda vez nesta quinta-feira (4) após se apresentar à polícia acompanhada de um advogado

CONCLUSÃO DO INQUÉRITO

No inquérito que investigava a morte da pequena Ana Kerolaynne Gomes Nunes, de 3 anos, ela e o seu companheiro foram indiciados por tortura e feminicídio qualificado, no contexto de violência doméstica e familiar. 

A vítima foi internada em estado grave no dia 15 de abril no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) com marcas de maus-tratos por todo o corpo. Após cinco dias, a unidade hospitalar confirmou a morte encefálica da criança.

EPISODIOS DE TORTURA

De acordo com a delegada Polyana Oliveira, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis (DEAMGV-Esperantina), a criança foi submetida a constantes episódios de tortura desde que se mudou para Esperantina no início de 2024. Antes disso, a criança recebia os cuidados da avó parterna em Teresina. 

“Ficou comprovado que, no dia 14 de abril de 2024, M.K.N. de O. e F.S.R., de forma cruel, promoveram a morte da vítima, mediante o recurso da tortura”, afirmou a delegada.

As investigações foram conduzidas pela DEAMGV-Esperantina e pela Delegacia Seccional de Esperantina. Com a conclusão do inquérito policial, a delegada representou pela conversão das prisões temporárias dos indiciados em prisões preventivas.

RELEMBRE O CRIME

Ana Kerolaynne Gomes Nunes foi internada em estado grave no dia 15 de abril no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) com vários ferimentos pelo corpo. Pouco mais de uma semana depois, o HUT confirmou a morte encefálica da criança.



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