Durante audiência de instrução realizada na tarde desta quinta-feira (22) a Justiça acatou ao pedido do Ministério Público do Piauí (MP-PI) e da defesa de Flávia Wanzeler e não revogou a prisão preventiva dos acusados do latrocínio da estudante. Com isso o processo do caso continua em andamento até a decisão final do juíz.
Com esse novo capítulo do caso serão analisadas as alegações finais de ambas as partes, desde a defesa até a acusação. Elas serão enviadas por meio eletrônico ao Juiz Antônio Bittencourt Braga Neto, titular da 3° Vara Criminal da Comarca de Teresina. Antônio terá o prazo de 30 dias para analisar e então dar a decisão final.
Os 3 acusados: Francisco Emanoel dos Santos Gomes, Antônio Cleison Barbosa Silva e Denilson Weviton Santos Nicolau foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), latrocínio tentado, associação criminosa, receptação e adulteração de sinal identificador de veículo.
Ao ser procurada pela reportagem do Meionorte.com, Amanda Sampaio, madrinha da estudante e assistente de acusação da família, disse que a audiência ocorreu dentro do esperado por eles e acredita que as provas não deixam dúvidas de que todos serão condenados pela morte da estudante.
“Como já havíamos dito como acusação a investigação foi muito robusta, de forma a não deixar dúvidas quanto a autoria e materialidade do crime, de modo que na minha opinião profissional eu acredito que nada impede a condenação", destacou
ENTENDA O CASO
A estudante de medicina Flávia Cristina Wanzeler Sampaio, de 23 anos, foi morta com um tiro na região do coração durante uma tentativa de assalto na tarde do dia 12 de fevereiro no começo desse ano, o crime aconteceu na Avenida Homero Castelo Branco, na zona Leste de Teresina.
Os três envolvidos no assalto foram presos ainda no mês de fevereiro sendo eles: Francisco Emanoel dos Santos Gomes, Antônio Cleison Barbosa Silva e Denilson Weviton Santos Nicolau. No final de maio o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), prendeu Gustavo Soares e Carlos Eduardo Gomes Lúcio, também conhecido como "Dudu".
Segundo as investigações, Gustavo é empresário apontado como o responsável por encomendar o veículo que seria roubado, enquanto "Dudu" atuava como motorista do carro utilizado no crime, transportando outros membros da quadrilha, identificados como Biel, Macapá e Ceará.