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Israel volta a bombardear Gaza após acusar Hamas de romper cessar-fogo

A ofensiva foi anunciada pelo governo israelense como uma resposta a supostos disparos feitos contra suas tropas.

Veículo da Cruz Vermelha em Gaza | Foto: AFP
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Mesmo com o cessar-fogo vigente na Faixa de Gaza, forças israelenses realizaram bombardeios no sul do território neste domingo (19), após um episódio envolvendo militares do país. A ofensiva foi anunciada pelo governo israelense como uma resposta a supostos disparos feitos contra suas tropas.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu teria autorizado uma ação considerada "contundente" após o que foi classificado como uma violação do acordo de trégua. Segundo autoridades locais em Gaza, quatro pessoas morreram durante os ataques aéreos.

O QUE DIZ O HAMAS

O grupo Hamas, que administra a Faixa de Gaza, negou envolvimento no ataque contra os soldados israelenses. Em comunicado, afirmou que nenhuma de suas forças atuou contra militares dentro do território.

Esse episódio representa a primeira grande tensão desde a implementação da trégua, em vigor há cerca de dez dias, mediada pelos Estados Unidos. O acordo permitiu, entre outros pontos, a devolução de reféns a Israel e a entrada de ajuda humanitária no território palestino.

Após os ataques, fontes do governo israelense informaram às agências Reuters e Associated Press que a entrada de ajuda humanitária em Gaza foi suspensa "até nova ordem". As mesmas fontes indicaram que novas ações militares não estão descartadas.

Também neste domingo, o Hamas afirmou ter localizado mais um corpo de um refém que havia morrido durante o período de cativeiro. Segundo o grupo, a continuidade da entrega dos corpos depende do posicionamento de Israel em relação aos bombardeios.

Testemunhas ouvidas pela agência AFP relataram confrontos na região de Rafah, no sul de Gaza — área que permanece sob controle militar israelense. Em seguida, foram registrados dois ataques aéreos na mesma localidade.

De acordo com uma das testemunhas, os ataques ocorreram após confrontos entre combatentes do Hamas e outro grupo armado palestino, dentro de zona controlada por Israel. Um oficial israelense, por sua vez, disse à AFP que combatentes palestinos teriam atacado militares israelenses com tiros e granadas, o que, segundo ele, configuraria uma "violação clara do cessar-fogo".

Desde o início da trégua, anunciada em 10 de outubro, o Hamas acusa Israel de múltiplas violações do acordo. Entre as denúncias, está a morte de 37 palestinos por disparos de forças israelenses.

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