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Influenciadoras alvo de operação contra jogo do tigrinho recebiam 40% dos lucros, diz delegado

Segundo as apurações, a divulgação dessas plataformas teria gerado movimentações financeiras de R$ 10 milhões.

Influenciadoras digitais investigadas por promoverem 'Jogo do Tigrinho'. | Foto: Reprodução
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As influenciadoras digitais suspeitas de envolvimento em crimes virtuais, alvos da Operação Laverna, deflagrada na manhã desta quinta-feira (11), receberiam 40% do valor gasto por seguidores em plataformas de apostas ilegais, como o “Jogo do Tigrinho” e similares. A ação ocorreu em Parnaíba, no litoral do Piauí.

Os jogos prometem ganhos rápidos e fáceis por meio de apostas em dinheiro real. Segundo o delegado Ayslan Magalhães, responsável pelo caso, as investigadas promoviam essas plataformas e, a partir das perdas financeiras dos seguidores, acumulavam patrimônio significativo.

“E a partir da divulgação, elas se locupletaram. Se enriqueceram a partir da perda dos seus seguidores. Elas ganhavam 40% em cima da perda dos seus seguidores. E com isso construíram patrimônio, investiram em imóveis, em carros de luxo, em sandálias de grife. Então conseguiram se locupletar  a partir do prejuízo financeiro dos seus seguidores”, disse o delegado. 

Segundo as apurações, a divulgação dessas plataformas teria gerado movimentações financeiras de R$ 10 milhões.

QUEM SÃO OS ALVOS?

A operação, que faz referência à deusa romana da enganação, tem como alvo três influenciadoras digitais de Parnaíba, conhecidas nas redes sociais, especialmente no Instagram:

Thaisa Costa Machado – cerca de 594 mil seguidores; maquiadora profissional e empresária do ramo da beleza; dona de uma loja de maquiagens e promove cursos de mentoria na área.

Tereza Iva Gomes Freitas – aproximadamente 128 mil seguidores; conhecida como “Tereza Fazendinha”; conteúdos de humor e rotina como dona de casa.

Emília Magalhães Brito – cerca de 93,2 mil seguidores; criadora de conteúdo que mostra a rotina como mãe e empresária.

OPERAÇÃO

Durante a operação, foram apreendidos itens de alto valor, como bolsas, perfumes, bebidas, utensílios estéticos, sandálias e veículos importados. Todas podem responder por crimes de estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro, divulgação de loteria não autorizada e indução do consumidor ao erro.

“Essas plataformas operam sem qualquer autorização dos órgãos competentes, sem mecanismos de transparência ou auditoria, funcionando à margem da legislação nacional, à semelhança de cassinos online”, pontuou o delegado Ayslan. 

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