Na manhã desta segunda-feira (23/06) em entrevista ao programa Revista Meio, a influenciadora Kinha Alves, contou detalhes da sua viagem a Israel, que coincidiu com a recente escalada do conflito entre o pais e o Irã. A piauiense também detalhou como lidou com o medo dos bombardeios.
Segundo Kinha, os passeios da caravana religiosa da qual fazia parte foram imediatamente cancelados assim que o conflito se intensificou. “Nós fomos para peregrinar, mas não conseguimos fazer nenhum trajeto, pois todos os locais estavam fechados. Os bombardeios aconteciam de uma em uma hora”, relatou. Ela também comentou sobre as críticas que sofreu nas redes sociais por viajar em meio à instabilidade geopolítica da região.
“As pessoas questionam o motivo de ir até o Oriente Médio, mesmo com a guerra. Os árabes não aceitam os judeus, então há uma guerra geopolítica muito grande. Eles brigam por Jerusalém, que é um território importante. Sempre houve conflito e eu acredito que vai continuar tendo. São pessoas que têm ideologias diferentes umas das outras. A gente não imaginava que a guerra iria estourar, e acabou acontecendo”, destacou.
A criadora de conteúdo descreveu o medo durante a fuga até a fronteira com o Egito. “A gente fica com muito medo, mas eles, os israelenses, não ficam com o medo que a gente fica, eles sempre estão preparados. Muitos judeus foram mortos... Em 1948, a ONU fez a partilha da Palestina, então houve o começo da guerra porque o Irã e outros países não aceitam essas pessoas ali”, explicou. Na época, ela narrou os momentos em meio à tensão através das suas redes sociais.
Durante o período de tensão, a alimentação também foi um desafio. O grupo só conseguiu se alimentar em comunidade, pois tudo estava fechado devido à guerra. Sobre a travessia, Kinha disse que a fé em Deus a manteve esperançosa e calma. “Existia a diferença entre viver com medo e sentir medo e ir. Eu senti medo, claro, principalmente na travessia. Precisávamos da liberação do consulado para sairmos de onde estávamos até a fronteira. Passamos por carros-bomba, vimos o cenário de guerra. Israel tem a proteção dos Domo de Ferro, e essa travessia é pelo deserto. E a travessia é justamente por ali porque não costuma ter pessoas por lá. Mas eu confiei que Deus estava comigo. Tudo era fechado, inclusive as lojas de conveniência.” O trajeto levou seis horas de viagem, além de duas horas no processo de migração.
Apesar da experiência dramática, Kinha afirmou que pretende retornar a Israel quando houver segurança. “Estou esperando a guerra acabar para voltar à Terra Santa. Pretendo voltar”, completou.