A Guarda Civil Municipal (GCM) de Teresina inaugura uma unidade de elite denominada Ronda Ostensiva Municipal (Romu). A cerimônia de lançamento oficial está agendada para as 11h desta quarta-feira (23), em frente ao Palácio da Cidade, localizado no Centro da Capital.
Danúbio Carvalho, responsável pela Coordenadoria Municipal de Segurança Pública Social e Patrimonial, esclarece que essa unidade especializada foi devidamente capacitada para intervir em situações de maior risco ou complexidade. O programa de treinamento para ingressar na Romu foi disponibilizado para todos os membros da corporação. Entre os 35 inscritos, 18 homens e uma mulher concluíram com êxito o período de estágio.
“Os GCMs que integram a Romu passaram por um treinamento especializado para atuar em ocorrências que exigem um nível mais elevado de habilidades tática e estratégica”, explica Danúbio Carvalho que destaca o investimento da Prefeitura de Teresina, através da Secretaria Municipal de Governo (Semgov) para o fortalecimento da corporação.
Waltenir Santos, comandante da GCM de Teresina, menciona cenários nos quais a Romu será mobilizada, como o controle de distúrbios, prestação de primeiros socorros em casos de disparos, práticas de direção defensiva e habilidades em combate utilizando armamento de grande porte, entre outras situações.
Única mulher na Romu
O treinamento se estendeu por um período de 12 dias, envolvendo uma série de exercícios intensivos conduzidos em instalações específicas, incluindo a sede do Corpo de Bombeiros e o Batalhão de Polícia de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (BPRONE). Durante esse período, as interações com a família foram limitadas, assim como o acesso à alimentação e ao tempo de repouso. Os desafios enfrentados abrangeram aspectos tanto físicos quanto emocionais.
“Passamos por trilhas, 12 km de corrida fardados, com coturno e carregando mochila. Foi mais difícil do que eu imaginava. Pra mim, a parte mais desafiadora foi não manter contato direto com a família”, conta Santana , a única GCM feminina da Romu.
Ela relembra que pensou em desistir, mas pontua que o apoio dos colegas de farda foi fundamental para concluir o estágio.
“Nunca me senti só. Os meninos sempre foram parceiros comigo, me ajudaram em tudo o que precisei, foi muito gratificante. Ser a única mulher também é gratificante, é quase um feito histórico. Fico muito feliz em representar outras mulheres. Me sinto honrada, feliz e grata! Aprendi muita coisa. Foi uma experiência única”, conta Santana que se sente preparada para as novas missões. Instrução muito boa, com profissionais excelentes. Foi um aprendizado diferenciado, voltado para um grupamento específico. Vai muito além do trabalho rotineiro”, finaliza Santana.
(Com informações da PMT)