O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) cumpriu, na manhã desta segunda-feira (20), 29 mandados de prisão e de busca e apreensão durante a Operação Fragmentado, que investiga crimes de falsificação de documentos, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e porte ilegal de arma de fogo nos estados do Maranhão, Piauí e Amazonas.
Como aconteceu
A investigação teve início após a prisão de um criminoso identificado como Vagner da Silva Carvalho, detido em março em uma blitz em Teresina, sob suspeita de tráfico de drogas, organização criminosa e falsidade ideológica.
Wagner, junto com outros bandidos, ajudava a transportar grandes quantidades de entorpecentes da cidade de Manaus, no Amazonas, para o estado do Piauí. Ao chegar em Teresina, o principal alvo da operação distribuía as drogas para outros traficantes. Em quase dois anos, ele movimentou mais de 700 mil reais.
Wagner lavava o dinheiro do crime adquirindo imóveis e ostentando riqueza. Sua companheira, levada hoje à sede da Gaeco, em Teresina, fornecia dados bancários, ajudava com pagamentos para traficantes e tinha participação direta nos crimes cometidos.
MÚLTIPLAS IDENTIDADES
O nome da operação, "Fragmentado", se refere à prática de Wagner em utilizar diferentes documentos falsos para se apresentar à justiça e a outros traficantes. “É um indivíduo com várias facetas, mas que foi preso pela polícia. A partir de sua prisão, conseguimos investigar e desarticular esse grupo hoje”, afirmou o delegado Luciano Alcântara, coordenador do Gaeco.
LAVAGEM DE DINHEIRO E OSTENTAÇÃO
O grupo também estava envolvido no comércio ilegal de armas de fogo, havendo uma circulação ativa dessas armas. Um dos alvos chegou a comercializar armas de policiais, armas roubadas de CACs, algumas com restrições e outras com numeração raspada.