Um dos três foragidos da “Operação Bazófia”, deflagrada na manhã desta quinta-feira (28) pela Polícia Federal, foi alvo da Polícia Civil no mês de setembro em uma operação que resultou na morte de Marcelo Soares da Costa, de 42 anos, policial do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
De acordo com delegado da PF, Eduardo Monteiro, os agentes em busca de localizar o acusado. Em relação aos outros dois, a autoridade informou: “O outro fugiu no momento da operação e o terceiro tá foragido, a gente não sabe o paradeiro dele ainda”.
MORTE DE POLICIAL
No dia 3 de setembro , durante a Operação Turismo Criminoso, deflagrada na cidade maranhense de Santa Luzia do Paruá, o agente da Polícia Civil do Piauí foi baleado no tórax e não resistiu ao ferimento. Bruno Manoel Gomes Arcanjo, acusado como o responsável pelos disparos, foi preso em flagrante e se tornou réu no final de setembro.
A ação visava cumprir cinco mandados de prisão temporária contra envolvidos em um esquema de fraude contra o Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) do Piauí e financiamentos bancários fraudulentos.
Operação Bazófia
Conforme as autoridades, o foco é desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes envolvendo Auxílio Emergencial e operações bancárias eletrônicas contra a Caixa Econômica Federal. O nome é referente à ostentação dos investigados nas redes sociais.
Além disso, a PF visa cumprir 14 mandados de prisão e 19 mandados de busca e apreensão nas cidades Teresina/PI e Bacabal/MA. “Bazófia” está inserida na Operação Não Seja um Laranja, promovida pela Polícia Federal em âmbito nacional.
Entre os bens apreendidos estão oito carros de luxo, um jet ski, joias, bolsas de grife e uma arma de fogo, além de dinheiro em espécie.
COMO FUNCIONAVA A FRAUDE
A polícia explicou que os criminosos acessavam as contas de beneficiários do Auxílio Emergencial para efetuar pagamentos de boletos bancários, esvaziando os recursos das vítimas. Esses valores eram transferidos para outras contas até serem direcionados a contas de "laranjas", utilizadas para saques ou depósitos.
A investigação aponta ainda para um esquema criminoso que envolve fraudes bancárias, desvio de benefícios sociais e lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada. Dentre os crimes, os suspeitos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, lavagem de dinheiro e invasão de dispositivo eletrônico.