O influenciador e empresário piauiense Fernandin OIG publicou neste domingo (3) uma sequência de stories em seu Instagram oferecendo uma recompensa “muito generosa” para quem entregar à polícia o empresário José Lima Ferreira Júnior, conhecido como Júnior da D20, um dos cinco suspeitos pela morte do empresário piauiense Erlan Ribeiro Lima Oliveira, de 28 anos, espancado no dia 20 de junho durante os festejos juninos em Petrolina (PE).
“Quem entregar esse cidadão foragido da Justiça, que não aparece para a Justiça, mas quer aparecer criando um enredo, vai receber uma recompensa muito generosa minha”, disse Fernandinho.
Ele pediu que qualquer informação seja direcionada à delegacia do delegado Gabriel Sapucaia, responsável pela investigação em Petrolina.
Em outro trecho, Fernandinho afirmou que a Polícia Civil do Piauí entrou no caso com apoio do delegado Matheus Zanatta, e declarou que acredita que o investigado deverá se apresentar nos próximos dias. Em entrevista ao MeioNews, Sapucaia confirmou que segue nas buscas pelo empresário e que o inquérito já foi submetido à Justiça.
“Existe um mandado de prisão em desfavor do Júnior da D-20. A polícia ainda não conseguiu localizar o paradeiro dele, e ele também não se apresentou de forma espontânea. Portanto, ele é tido e continua como foragido da Justiça.”
Sobre a atuação da Polícia Civil do Piauí no caso, o delegado explicou que o mandado de prisão tem validade em todo o território nacional, e que qualquer força policial pode cumprir a ordem judicial assim que localizar o investigado: “Não existe uma ação integrada formal entre as polícias, mas nada impede que os agentes do Piauí atuem no cumprimento desse mandado.”
Campanha em defesa de Júnior nas redes
Um perfil recém-criado no Instagram começou a divulgar publicações em defesa de Júnior da D20, alegando que ele é vítima de linchamento moral e que está sendo condenado sem provas claras.
“Nunca desejei a morte do Erlan, estou profundamente triste, e peço que Deus conforte o coração de sua família e amigos, desejando que encontrem paz. Estou sendo apontado como principal suspeito por alguns veículos de informações totalmente irresponsáveis, que têm feito de tudo para denegrir a minha imagem e ganhar engajamento em cima de uma tragédia”, diz.
Júnior diz que tentou apenas evitar que o pior acontecesse durante o conflito. “Só tentei intervir para que o Erlan não desse ré no carro e não acontecesse o pior comigo e com as pessoas que estavam ali presentes.”
Sobre o vídeo que circula nas redes sociais que mostra o momento em que Erlan é espancado, ele defende que não há provas suficientes contra ele. “As imagens que estão circulando são bem claras e provam que o único contato físico que tive com o Erlan não seria capaz de causar algo tão grave.”
O empresário também negou estar foragido, embora seu nome conste entre os alvos da operação policial que apura o homicídio.
“Não estou fugindo da Justiça, pelo contrário, estou me defendendo por meios legais.”
“Estou apenas zelando pela minha segurança e pela segurança da minha família, que vem sofrendo muitas ameaças e julgamentos injustos.”
Ao final do vídeo, ele pede que a população não o condene antes do devido processo legal.
“Peço a todos que não se deixem enganar. Hoje, sou alvo de uma injustiça que poderia atingir qualquer cidadão.”
Relembre o caso
O crime aconteceu na noite de 20 de junho, no bar Virote, em Petrolina. Câmeras de segurança flagraram o momento em que Erlan foi retirado de um carro e espancado com socos e chutes, após um desentendimento sobre o volume do som automotivo. Já inconsciente no chão, ele continuou sendo agredido e pisoteado na cabeça com um tamanco, segundo a polícia.
Erlan foi internado em estado grave e, dias depois, teve morte cerebral confirmada em Teresina, para onde foi transferido em uma UTI aérea.
Prisões e mandados
A Justiça de Pernambuco determinou a prisão temporária dos cinco investigados, a pedido do Ministério Público, com base nas imagens e depoimentos coletados pela 25ª Delegacia de Homicídios de Petrolina. O juiz Marcos Franco Bacelar afirmou que os vídeos captaram “com nitidez toda a empreitada criminosa”.
Já foram presos:
João Ítalo Barbosa da Silva – preso durante a operação “Fúria Cega”, aparece ativamente nas agressões;
Vitória Maria de Carvalho – aparece pisando a cabeça da vítima
Laíza Guimarães Coelho – presa após aparecer participando das agressões.
Franklin Freire de Aquino Bezerra - que também aparece agredindo o empresário
FORAGIDO
José Lima Ferreira Júnior, conhecido como Júnior da D20