O influenciador digital Pedro Lopes Lima Neto, conhecido como “Lokinho”, admitiu à Polícia Civil ser usuário de maconha e afirmou que os organizadores do evento “Fazenda 3” prometeram distribuir a droga entre os participantes.
A declaração foi dada durante depoimento colhido após uma operação do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), realizada na sexta-feira (23), em um sítio localizado na zona rural de Teresina.
PRISÕES EM OPERAÇÃO
No momento da abordagem policial, além de Lokinho, também foi presa a influenciadora digital identificada como L.G.R., de 19 anos, conhecida como “Lalazinha”. Contra ela havia um mandado de prisão em aberto no âmbito da Operação Faixa Rosa. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), a jovem é investigada por envolvimento com uma organização criminosa atuante em Teresina.
Durante o depoimento, Lokinho negou envolvimento com o tráfico de drogas, mas confirmou que é usuário.
— “Prometeram entregar drogas pra vocês?”, questiona um policial.
— “Sim. 50 gramas de skunk”, relatou à polícia, referindo-se à variação mais potente da maconha.
O influenciador também revelou que os organizadores identificados como Vinícius e Sarah estiveram em Teresina no dia da festa e teriam ido ao local em um carro para buscar um equipamento de som.
A operação no sítio, que sediava o evento “Fazenda 3”, teve como objetivo apurar indícios de atividades criminosas. Segundo o Draco, embora o evento aparentasse ser apenas uma confraternização entre influenciadores, havia elementos que apontavam para possíveis articulações entre integrantes de facções, uso de drogas e estratégias de recrutamento de novos membros por meio das redes sociais.
O delegado Charles Pessoa, coordenador do Draco, destacou que “Lalazinha” utilizava seus perfis digitais para divulgar imagens de armas e drogas, além de mensagens de afronta às autoridades. Ela foi encaminhada à sede do Draco para os procedimentos legais. Lokinho, que já havia sido preso anteriormente durante a operação Jogo Sujo II, também foi levado para o departamento especializado.
As investigações continuam para identificar a participação de outros envolvidos e aprofundar a relação entre o evento e práticas criminosas.