Na última terça-feira (11), cerca de trinta servidores terceirizados da Universidade Federal do Piauí (UFPI) aderiram a um protesto do movimento estudantil Correnteza a favor dos direitos dos trabalhadores que estariam com atraso no pagamentos e sendo submetidos a condições inadequadas de trabalho.
Em um ato de solidariedade, os estudantes assumiram as cozinhas dos restaurantes da universidade e serviram almoço gratuito para todos. De acordo com o grupo, essa foi a estratégia utilizada para atrair a atenção do público à causa.
A coordenadora estadual do Correnteza, Thays Dias, em entrevista ao MeioNews afirmou que o grupo resolveu agir diante das irregularidades.
“Já tem um tempo que esses trabalhadores reclamam sobre as condições que eles estão indo trabalhar com seus salários atrasados. Nós, do movimento correnteza, escutamos eles e resolvemos agir. Quem passou a assumir os postos dos trabalhadores foram os estudantes, desde a lavagem dos pratos até a distribuição da comida”
ATRASO HÁ DOIS MESES
Os terceirizados que não quiseram se identificar alegam estarem sem receber salário há dois meses. Além de não serem pagos aos domingos e feriados trabalhados. Eles também afirmam que são submetidos a jornadas intensas e sentem medo de denunciar.
A estudante de jornalismo, Nimbus Pinheiro, é uma das integrantes do movimento estudantil. De acordo com ela, até mesmo aqueles que não fazem parte do grupo aderiram a manifestação e ajudam a servir os estudantes.
"A gente deixou que os estudantes entrassem sem pagar pelo almoço. E junto com os terceirizados assumimos o trabalho dos terceirizados para demonstrar aos estudantes a importância deles se unirem na luta dos trabalhadores", afirmou.
O OUTRO LADO
Procurada, a empresa responsável não se manifestou sobre o assunto. A reportagem deixa o espaço aberto para esclarecimentos.