Estudante baleado dentro de escola em Teresina está com projétil alojado na coluna; família aguarda cirurgia

Ex-namorada do adolescente é apontada como a responsável por efetuar o disparo de arma de fogo dentro da instituição nesta manhã.

A acusada de disparar estuda no 2º ano do ensino médio. | Reprodução/Redes sociais
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O estudante de 16 anos ferido com arma de fogo dentro de uma escola particular localizada na Rua Pires de Castro, no Centro de Teresina, está com a bala alojada na coluna cervical. Ele segue internado em estado grave no Hospital de Urgências de Teresina (HUT).

Segundo Carlos Magno, irmão do adolescente, a equipe médica da casa de saúde está aguardando a estabilização do quadro para realizar a cirurgia.  

O QUE ACONTECEU 

Uma estudante, identificada como ex-namorada da vítima, disparou uma arma de fogo dentro do refeitório da escola particular na manhã desta quarta-feira (04). A investigação está sendo conduzida pela Delegacia de Segurança e Proteção ao Menor.

De acordo com o irmão do jovem, um dia antes do ocorrido, a estudante teria ameaçado o ex-namorado de morte e agredido o adolescente na casa dele. 

TÉRMINO DE RELACIONAMENTO

A briga teria iniciado após o estudante pedir para terminar o relacionamento, que durava pouco mais de um mês: “Eles tinham um relacionamento curto. Ela não aceitou o término e ontem foi até a casa onde ele mora, agrediu e o ameaçou de morte. Quando foi hoje, ela esperou ele chegar à escola e atirou na sua nuca. Ele está em estado grave, aguardando o corpo reagir para ser operado.”

 O delegado Tales Gomes acrescentou que o trabalho agora consiste em ouvir quem presenciou a situação e confirmou a agressão relatada por Carlos Magno.

“Parece que o rapaz estava até com escoriações no corpo devido à briga com ela. Os pais, a partir do momento que souberam da ocorrência [briga no dia anterior], informaram isso na escola e os funcionários nos relataram. Nosso trabalho foi esse: indicamos as pessoas que tiveram contato com a adolescente, um funcionário de uma farmácia, e agora estamos apurando os pormenores", disse o delegado

Ele contou ainda que está apurando se a arma utilizada pela adolescente é particular do pai ou da corporação do 9º Batalhão da Polícia Militar, ao qual o policial, pai dela, pertence.

O estudante foi baleado no refeitório da escola. No momento do disparo, estavam no local apenas os dois estudantes e uma funcionária da cantina. Houve uma conversa entre os dois alunos e a adolescente então efetuou um disparo na região frontal do colega.

“O jovem caiu e a jovem deixou a arma em cima de uma das mesas, foi para o canto do refeitório e se voltou para o local onde o corpo ficou caído. Outros funcionários chegaram e ela saiu do colégio,” disse Tales Gomes.

"MERECIA MORRER"

Ele informou que, ao sair da escola, a adolescente entrou em uma farmácia de manipulação nas imediações, onde se dirigiu a um dos funcionários e revelou que havia acabado de matar um amigo no colégio e que ele merecia morrer. “Ela pediu para chamar a polícia. O rapaz falou para ela informar alguém da escola,” contou o delegado.

Ela saiu da farmácia em direção ao 25º Batalhão da Polícia Militar, onde foi contida por populares e funcionários da escola. A polícia militar chegou, fez a apreensão da adolescente e a apresentou na Central de Flagrantes.

“Na presença dos pais e do advogado, ela manteve-se em silêncio e não contribuiu em nada, a todo o tempo em silêncio, com as mãos no rosto e com a cabeça baixa,” acrescentou o delegado.

A adolescente está sendo encaminhada aos órgãos que atendem o adolescente infrator. “Agora estamos nas oitivas. Por volta das 10h40, a polícia terminou os trabalhos no local, onde foi apreendida uma arma, uma cápsula de munição e uma faca 'peixeira' grande", relatou.

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