Uma família de Parnaíba, litoral do Piauí, foi assolada por uma tragédia que chocou a população. Ao todo, 6 pessoas, incluindo quatro crianças, morreram após serem envenenadas. O primeiro caso ocorreu em agosto de 2024, onde dois irmãos faleceram após comerem cajus. Meses depois, outras quatro vítimas foram a óbito após consumirem um arroz requentado.
O MeioNews traçou a linha cronológica dos fatos e quem são os envolvidos em ambos os casos. Confira:
CAJUS ENVENENADOS
No dia 22 de agosto de 2024, Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos e seu irmão, João Miguel, de 7 anos, foram encaminhados ao hospital após comerem cajus oferecidos pela vizinha da família Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos. Os frutos estavam contaminados com terbufós, um produto tóxico semelhante ao raticida conhecido como “chumbinho”, conforme a perícia.
João faleceu um dia após o ocorrido. Já Ulisses ficou internado por mais de dois meses no Hospital de Urgência de Teresina e morreu em 10 de novembro. A suspeita nega as acusações.
ARROZ ENVENENADO
No almoço de 1º de janeiro, preparado com sobras da ceia de Réveillon (arroz, feijão tropeiro, baião e peixes doados), a família das crianças começou a passar mal logo após a refeição. Os laudos identificaram terbufós no organismo das vítimas.
Ao todo, 11 pessoas estavam presentes no evento, das quais apenas duas não consumiram o arroz que estava contaminado. O envenenamento resultou na morte de quatro pessoas, e uma menina de quatro anos permanece internada em estado grave na UTI pediátrica do HUT.
DIA DAS MORTES DE CADA VÍTIMA
- Manoel Leandro da Silva, 18 anos- Dia 01 de janeiro;
- Igno Davi da Silva, 1 ano e 8 meses- Dia 02 de janeiro;
- Lauane da Silva, 3 anos- Dia 06 de janeiro;
- Francisca Maria da Silva, 32 anos (mãe de Luane, Igno, Ulisses, João, e de uma menina de 4 anos)- Dia 07 de janeiro;
O caso está sendo tratado como homicídio pela polícia. Nesta quarta-feira (08), Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, padrasto de duas das vítimas, foi preso suspeito de cometer o crime.
DEPOIMENTO
Durante os depoimentos, Francisco teria dado três versões diferentes dos acontecimentos, contradizendo outras testemunhas. Ele negou as acusações.
“Primeiro, ele disse que não tinha se aproximado da panela. Depois, afirmou que esteve perto e, em seguida, negou ter orientado alguém a usar o arroz”, explicou o delegado Abimael Silva, da Polícia Civil.