O empresário Wendel Snaypi Lima Costa, dono da loja Maguim Cell, vai ser indiciado pelo crime de receptação qualificada e se for condenado pode pegar de 3 a 8 anos de prisão. Ele segue preso na Cadeia Pública de Altos.
O delegado Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança, afirmou ao meionorte.com que a defesa de Wendel já solicitou o pedido de liberdade, mas ainda não tem parecer e nem decisão judicial. Segundo Zanatta, a loja Maguim Cell segue fechada no Shopping da Cidade.
Suspeito de comprar uma carga roubada de aparelhos celulares, o empresário foi preso em flagrante em sua residência no bairro Joia, em Timon, na última terça-feira (1º). Seis horas após ser preso, ele pagou fiança no valor de R$ 52,8 mil . Apesar do pagamento, ele permaneceu preso preventivamente pelo crime de receptação qualificada.
Operação Interditados II
O empresário foi preso durante a operação “Interditados II”, deflagrada em abril deste ano, em que se apurava a venda realizada por estabelecimentos comerciais localizados no Shopping da Cidade, de aparelhos celulares que foram subtraídos em um roubo de cargas. Na ocasião foi lavrado o auto de prisão em flagrante, pela Polícia Federal em razão de indícios de autoria e materialidade do crime de descaminho no estabelecimento de propriedade do investigado.
A investigação aponta que no dia 16 de janeiro deste ano dois homens armados renderam o motorista de um veículo que estava transportando uma carga de celulares. O crime aconteceu na Avenida Humberto Pietrogrande, bairro Beira Rio, em Teresina. Após a ação criminosa, a empresa de rastreamento foi acionada e o veículo roubado foi localizado na Estrada da Alegria, zona sul da capital. No decorrer das investigações a polícia encontrou um dos aparelhos roubados em posse de uma mulher de iniciais J.Y.A.L., que em depoimento afirmou ter comprado o celular na loja Maguim Cell.
Wendel confessou, em depoimento à polícia que adquiriu três aparelhos frutos de roubo no dia 28 de janeiro pela quantia exata de R$15.400,00. A Polícia Civil identificou quase um milhão de reais em eletrônicos em posse do empresário. Vale destacar que essa mercadoria não possui identificação de furto, mas não teve recolhimento de impostos e estava sem nota fiscal.