O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) conduziu, nesta quarta-feira (22), dois homens durante o cumprimento de mandados relacionados ao assassinato do barbeiro Jackson Douglas Rodrigues de Souza, de 26 anos, e do cliente João Paulo Sousa, de 38, mortos dentro de uma barbearia no bairro Água Mineral, em 19 de agosto deste ano, em Teresina.
De acordo com o delegado Genival Vilela, um dos homens foi levado à delegacia porque estava com um celular com restrição de roubo. O outro é irmão dele e figura como um dos investigados no homicídio. Ambos foram ouvidos e liberados em seguida.
“O caso ainda não está concluído. Estamos averiguando a eventual participação de cada suspeito no crime”, afirmou o delegado.
Durante as investigações, a polícia já havia apreendido uma arma de fogo supostamente utilizada no crime, em 3 de setembro deste ano. A apreensão ocorreu durante uma operação que resultou no confronto com Ronaldo Araújo Soares, conhecido como Manilão, de 32 anos, apontado como um dos principais suspeitos. Ele foi baleado e levado ao Hospital de Urgência de Teresina, onde permanece internado e ainda será interrogado.
O crime
O duplo homicídio aconteceu na noite de 19 de agosto, quando dois homens chegaram de motocicleta à barbearia de Jackson, no bairro Água Mineral, e abriram fogo contra as vítimas.
Jackson tentou fugir, mas foi perseguido e morto na esquina da rua Osasco. João Paulo, que estava sendo atendido, morreu ainda dentro do estabelecimento.
Testemunhas relataram que os autores fugiram logo após os disparos. O local foi isolado e periciado por equipes da Polícia Civil. A polícia investiga se o crime tem relação com disputa entre facções criminosas que atuam na capital.
Histórico de “Manilão”, dono de arma apreendida
Apontado como integrante de uma organização criminosa, Manilão é suspeito de três homicídios registrados em 2024, todos na Zona Leste de Teresina. Contra ele, havia cinco mandados de prisão, três por homicídio, um por tráfico de drogas e outro por organização criminosa.
Durante a operação que terminou com ele baleado, a polícia apreendeu uma pistola com numeração raspada, além de maconha, cocaína, crack e balança de precisão. Segundo os investigadores, ele exercia função de “disciplina” na facção, decidindo sobre execuções ou participando diretamente delas.
As investigações continuam sob responsabilidade do DHPP, que busca identificar todos os envolvidos nas execuções da barbearia.