O disparo que atingiu uma criança de 5 anos em Luís Correia, no dia 3 de outubro deste ano, está sendo investigado pela Divisão de Homicídios, Proteção à Pessoa, Repressão e Combate ao Tráfico (DHFT). Na tarde desta terça-feira (21), o padrasto do menino foi preso após a investigação revelar indícios de que o local do crime teria sido manipulado.
O QUE ACONTECEU?
Na data em questão, a criança estava sob os cuidados do padrasto quando foi atingida por um disparo de arma de fogo na região da cabeça. Segundo a polícia, a versão inicial apresentada era de que o próprio menino teria efetuado acidentalmente o disparo, mas a apuração apontou fortes indícios de adulteração da cena do crime.
“Depoimentos constantes nos autos relataram um histórico de violência e ameaças por parte do investigado. A autoridade policial representou pela prisão preventiva, que foi decretada pelo Poder Judiciário”, diz a nota da DHFT.
O enteado do suspeito foi encaminhado para Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA). No dia do crime, ao retornar à residência, a Polícia Militar constatou que o padrasto havia fugido, levando consigo a arma de fogo.
PADRASTO JÁ RESPONDE POR OUTROS CRIMES
De acordo com a Divisão, o padrasto da criança já responde a outro processo por tráfico de drogas e associação para o tráfico, além de ser investigado pelo suposto envolvimento com uma facção criminosa atuante na região. A DHFT pediu que qualquer informação relacionada ao caso seja repassada às autoridades, garantindo o absoluto sigilo da fonte.
O inquérito policial apura, em tese, os crimes de lesão corporal culposa, posse ilegal de arma de fogo, omissão de cautela, fraude processual e integração a organização criminosa. O caso segue sob investigação para determinar se o disparo foi acidental ou intencional.