A Defensoria Pública do Estado confirmou ao MeioNews que foi solicitado um exame de sanidade mental para Francisco de Assis Pereira da Costa, acusado de ser o responsável por sete mortes por envenenamento ocorridas em Parnaíba, no litoral do Piauí, entre agosto de 2024 e janeiro de 2025.
A solicitação foi feita pelo defensor público Antonio Caetano, titular da 8ª Defensoria de Parnaíba, com o objetivo de avaliar se Francisco tinha plena consciência de seus atos no momento dos crimes.
Caso seja comprovado
Se a perícia constatar incapacidade mental, Francisco poderá ser considerado inimputável, ou seja, não poderá ser responsabilizado criminalmente. Nesses casos, a legislação prevê a aplicação de medidas de segurança, como a internação em um hospital de custódia (manicômio judiciário) ou tratamento psiquiátrico, mesmo que o acusado já esteja preso.
Os crimes
Francisco de Assis é acusado pela morte de duas crianças envenenadas em agosto de 2024, após ingerirem um suco contaminado com Terbufós — uma substância altamente tóxica. Também é responsabilizado pelas cinco mortes ocorridas em 1º de janeiro de 2025, quando vítimas da mesma família consumiram arroz contaminado com o mesmo veneno.
Além dele, sua companheira, Maria dos Aflitos, também responde pelas acusações. Contra ela pesa ainda a denúncia pela morte de Maria Jocilene da Silva, de 41 anos, que faleceu após tomar um café na casa de Lucélia.
A motivação
As investigações apontam que Francisco teria envenenado as vítimas por desprezo e ódio em relação aos enteados. Segundo relatos, ele se referia a eles de forma pejorativa e demonstrava incômodo com a presença das crianças na casa, que abrigava 11 pessoas.