De escola pública, ex-padeiro de 19 anos é aprovado em Medicina na UFPI

Apesar das dificuldades, trabalhando como padeiro e enfrentando desafios acadêmicos, ele superou obstáculos para realizar seu sonho de ser médico

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De família humilde, de escola pública e do interior do Piauí. Este é Carlos Eduardo Ramos Silva, de 19 anos, que foi aprovado em Medicina na Universidade Federal do Piauí (UFPI) através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Mesmo tirando nota zero na primeira redação do Enem, sua determinação o levou a alcançar a aprovação desejada.

Natural da cidade de Vila Nova do Piauí, no Sul do estado, o jovem perdeu o pai quando tinha apenas 10 anos. Apesar das dificuldades, trabalhando como padeiro e enfrentando desafios acadêmicos, ele superou obstáculos para realizar seu sonho de ser médico.  Em 2023, durante o terceiro ano do ensino médio no Instituto Federal do Piauí (IFPI) de Picos, ele decidiu estudar para o Enem em casa.

Carlos Eduardo e a mãe Maria Josina Ramos / Foto: Cidades na Net 

Carlos Eduardo, além de ser aprovado em Medicina na UFPI, conquistou o segundo lugar no curso de Psicologia na Universidade de São Paulo (USP). Ele explicou que “nenhum objetivo é impossível quando nos dedicamos intensamente” e ressaltou a emoção que sentiu ao ver seu nome na lista dos aprovados..

“Foi uma conquista que batalhei muito para alcançar. Durante todo o ano em que estive estudando, esse sonho estava sempre presente em minha mente. Ver meu nome na lista de selecionados foi um momento de muita emoção. Estava com minha namorada na hora e, imediatamente, fui até minha mãe. Nos abraçamos e as lágrimas foram inevitáveis. Foi a confirmação de que nenhum sonho é grande demais, nenhum objetivo é impossível quando nos dedicamos intensamente. A fé, a determinação e a perseverança nos levam além do que imaginamos. Como dizia o Charlie Brown, o impossível muitas vezes é apenas uma questão de opinião”, explicou ao Portal Cidades na Net.

O estudante disse ainda que seu preparo foi durante 8 meses pela internet. A tão sonhada aprovação veio do desejo de cumprir uma oração realizada pela mãe durante o período de dificuldade cuidando do esposo( pai de Carlos) que estava doente. 

“Decidi que seria aprovado neste curso porque minha mãe, que dedicou sua vida cuidando do meu pai devido ao problema de saúde, me contou que, quando o acompanhou pela primeira vez a um neurologista, há cerca de 20 anos, ela pediu a Deus para que, se um dia tivesse um filho homem, ele atuasse nessa profissão”, pontuou.

Com informações do Portal Cidades na Net.

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