O crime de stalking, ou perseguição pesistente, previsto no artigo 147-A do Código Penal Brasileiro desde 2021, tem como principais vítimas as mulheres, representando 75% dos casos registados, segundo o Delegado Humberto Mácola, da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) do Piauí.
Em entrevista ao Bom Dia da TV MEIO, a autoridade destacou que já houve prisões de perseguidores, que inclusive stalkeavam jornalistas, ano passado. Mácola relata como os criminosos atuam e escolhem suas vítimas para perseguí-las continuamente.
“Geralmente eles escolhem algum alvo para satisfazer sua lascívia ou satisfazer seu desejo e faz esse tipo de perseguição, perseguir reiteradamente todos os dias, todas as horas, determinada pessoa, seja por meio físico, seja virtual, tirando a tranquilidade daquela pessoa a ponto da pessoa não querer sair de casa, sendo ameaçada física ou psicologicamente, isso caracteriza o stalking”, explicou o delegado.
O delegado enfatizou a importância de que as vítimas denunciassem esses crimes à polícia. “Estamos investigando outros casos, e é importante que a vítima coloquei isso no radar policial para que a gente possa chegar nessas pessoas”, pontuou a autoridade.
Expansão de atuação para o interior do Piauí
Embora a DRCI ainda não tenha uma distribuição estadual, Mácola anunciou que, em julho, uma delegação ministrará cursos sobre esses casos para delegados do interior. Ele ainda destacou a que prioridade da delegacia é a investigação de crimes contra a honra, como injúria, difamação e calúnia, além do combate à disseminação de notícias falsas.
“Essa é uma preocupação do nosso secretário de segurança desde o início, desde sua gestão, de compor a missão da DRCI, ele o delegado geral. [...] A nossa distribuição é em Teresina, mas a intenção é que se expanda para o interior do estado. Por isso que tivemos essa missão do delegado geral para ministrar esse curso aos delegados, aos investigadores do interior, para que isso [os crimes] possa ser melhor investigados com a complexidade que existe, com a importância que existe e nós estamos em alerta na DRCI”, finalizou o Delegado Humberto Mácola.