O coronel da Polícia Militar do Piauí, Ricardo Pires de Almeida, que havia sido preso preventivamente no dia 31 de outubro por acusação de estuprar uma criança de 11 anos, foi solto na última sexta-feira (08). Ele passou apenas oito dias preso no Quartel do Comando Geral (QCG) da PM, em Teresina.
Apesar da soltura, o coronel da PM continua a responder ao processo criminal. Além disso, ele permanece afastado das funções da Polícia Militar. Por se tratar de um caso de estupro de uma menor de 18 anos, o processo tramita em segredo de justiça.
denúncia do crime
Conforme o relato da mãe da vítima, o crime aconteceu quando a menina foi à casa dos avós após sair da escola, enquanto ela trabalhava. "Nesse dia, o coronel Ricardo estava lá e cometeu o abuso. Ele cometeu o abuso dentro da casa dos avós, com o pessoal lá", relatou.
O coronel, casado com a tia da vítima, tinha acesso ao ambiente familiar. Ainda segundo a mãe, Ricardo, lotado em Teresina, começou a viajar com maior frequência para Paulistana, o que possibilitou o contato com a criança.
A partir do ocorrido, a menina, visivelmente abalada, passou a ser acompanhada pela família. A mãe precisou interromper suas atividades profissionais para cuidar da filha e garantir sua recuperação emocional.
"Hoje eu estou com minha filha traumatizada, não estou indo trabalhar porque sempre tem que ficar uma pessoa com ela. Eu vou fazer o que for preciso para os meus filhos. Eu faço um apelo ao governador [Rafael Fonteles]. Uma pessoa que deveria acolher nossas crianças, está abusando. Ele é um monstro".
SEGUNDA DENÚNCIA DE ESTUPRO
Após a repercussão da primeira denúncia, um pai entrou em contato com o promotor de Justiça Assuero Stevenson Pereira Oliveira, da 9ª Promotoria de Justiça de Teresina, relatando que quando a filha dele tinha 10 anos de idade teria sido abusada sexualmente pelo coronel da PM, em Teresina.
A denúncia informa que a menina de 10 anos, que era amiga das filhas do coronel, dormiu na casa do policial e o crime aconteceu no local. Ele teria tocado as partes íntimas da vítima e se masturbou ao lado dela, que acabou acordando e, ao perceber o que estava acontecendo, virou para o outro lado da cama. Em seguida, o acusado deixou o quarto onde ela estava.