Como eram as cidades do Piauí no passado: um mergulho na história do estado - Colônia do Carpina em Parnaíba

A "Colônia do Carpina" em Parnaíba refere-se a um antigo leprosário que, por décadas, isolou pacientes com hanseníase em uma área rural do município. O local tem uma história marcada pelo sofrimento e pelo estigma da doença, sendo hoje reconhecido por sua memória e pelo destino dos antigos moradores.

História

O Carpina funcionou como um hospital-colônia, parte de uma política nacional de isolamento compulsório de pessoas com hanseníase.
Os internos eram separados à força de suas famílias, incluindo seus filhos recém-nascidos, que eram encaminhados para preventórios ou adoção para evitar a contaminação.
Após a descoberta da cura para a hanseníase, na década de 1940, o isolamento passou a ser questionado. Com o fim da política de segregação, muitos internos decidiram continuar vivendo no local, que se tornou seu lar.
Em 2015, uma reportagem do G1 mostrou que o local ainda abrigava alguns dos antigos internos, que hoje vivem em um povoado, mas mantêm as memórias e os traumas do isolamento.

Localização e contexto atual

A antiga colônia está localizada no povoado do Carpino, em Parnaíba.
O povoado fica em uma área distante do centro urbano e pode ser afetado pelas cheias, já que é cortado por um rio que liga a Lagoa do Portinho ao rio Parnaíba.
Atualmente, o local é um memorial vivo de uma política sanitária equivocada do passado e da luta por direitos e reconhecimento dos afetados pela hanseníase.