A Polícia Civil cumpriu na manhã desta quinta-feira (31) um mandado de busca e apreensão na residência de Alandilson Cardoso, namorado da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), que está em prisão domiciliar. A ação faz parte da operação Capital Oculta, do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), que mira uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes.
PRISÃO DE duas mulheres
Durante a ação, também foram presas duas mulheres com quem Alandilson teve envolvimento:
• Carla Bianca da Silva Lima
• Poliana Bezerra da Silva, mãe do filho dele, uma criança de cerca de três anos.
A polícia não informou o motivo da prisão das duas mulheres.
Outro alvo da operação foi Deivison José Santos Lima, conhecido como Deivison Extourado. Ele foi preso em um condomínio de alto padrão localizado na BR-343, na saída de Teresina. Deivison já havia sido preso em março de 2018, suspeito de participar de um racha na avenida João XXIII que terminou na morte de duas pessoas, entre Altos e Campo Maior.
Na casa dele, a polícia apreendeu uma arma de fogo, um veículo de luxo, um relógio Rolex e outros objetos de valor, que serão periciados. Outros criminosos que se passavam por empresários e utilizavam empresas de vendas de veículos para fazer a lavagem de dinheiro pra organização criminosa também foram alvos da operação. Dentre eles, Antonio Jose da Silva Tavares, conhecido como Lorim da Vozinha.
Ao todo, a operação cumpre 76 ordens judiciais em Teresina e cidades do interior, incluindo 28 mandados de prisão e nove de interdição de estabelecimentos. Uma das empresas alvo é uma revendedora de veículos na zona Sul da capital. O proprietário, que tinha mandado de prisão por feminicídio, foi preso durante a ação. Segundo a polícia, ele é acusado de matar a esposa há cerca de dois anos. Mais de 50 automóveis do local serão apreendidos. Até o momento, 12 pessoas foram presas.
Ligação com investigações anteriores
A célula criminosa desarticulada nesta quinta foi identificada a partir de informações colhidas em uma operação anterior, realizada em 2024, quando a polícia já havia detectado a atuação de Alandilson Cardoso. Preso em novembro do ano passado em Minas Gerais, ele aparece como peça-chave do esquema.