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Polícia apura participação de duas pessoas no assassinato de adolescente de 15 anos em Teresina

O jovem foi alvejado por dois disparos de arma de fogo no tórax e morreu ainda no local.

Iago Kaya de Sena, de 15 anos | Delegado Danúbio Dias | Arquivo MeioNews

Em colaboração com Ananda Soares

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) trabalha com a informação de que pelo menos dois indivíduos participaram da morte do adolescente Iago Kaya de Sena, de 15 anos, conhecido como “Pé Podre”, assassinado na noite de quinta-feira (13) no bairro Angelim, zona Sul de Teresina. O jovem foi alvejado por dois disparos de arma de fogo no tórax e morreu ainda no local.

Equipes do Departamento de Polícia Científica e do Instituto de Medicina Legal (IML) estiveram na cena para os primeiros levantamentos e remoção do corpo. O delegado Danúbio Dias, do DHPP, afirmou que o adolescente já era investigado no caso do homicídio do cabeleireiro José Carlos da Silva, morto em março deste ano.

“A vítima era conhecida há um bom tempo. Ele estava sendo procurado para que pudesse ser ouvido no caso do cabeleireiro, desde o princípio da investigação, porque ele seria o piloto da moto. Quando foi localizado e interrogado, ele negou envolvimento, mas confirmou a identidade do autor dos disparos. Chegou a afirmar que estava com o autor momentos antes do crime", falou o delegado.

O delegado explicou que a investigação avançava quando o adolescente acabou morto. “A investigação ainda precisava avançar para que essas informações fossem confirmadas e aprofundadas. Infelizmente ele morreu antes de a investigação se fechar contra ele.”

Polícia já temia que o adolescente pudesse ser assassinado

Danúbio revelou que havia alerta sobre o risco de o jovem ser morto, após denúncias constantes sobre o envolvimento dele em crimes na cidade.

“Sabíamos que ele poderia ser morto, tendo em vista as constantes informações que recebíamos sobre o envolvimento dele no mundo do crime. Ontem, uma das pessoas entrevistadas afirmou que não andava mais com ele porque sabia que ele poderia ser assassinado por conta desse envolvimento constante com atividades criminosas.”

Ele acrescentou que há relatos, ainda não confirmados, de que o adolescente estaria traficando drogas na região: “Recebemos informações ainda não confirmadas de que ele poderia estar traficando drogas na região.”

Relação com o caso do cabeleireiro

Iago havia sido apontado como possível piloto da motocicleta usada no assassinato do cabeleireiro José Carlos da Silva, baleado dentro do próprio salão no dia 10 de março. O jovem negou envolvimento e teria indicado outro suspeito, identificado como Jonas, como o autor dos disparos. A investigação do caso, segundo o delegado, já foi concluída.

“Com relação aos maiores, o atirador e o mandante, a investigação foi encerrada e o Ministério Público já ofereceu denúncia. A investigação prosseguia para confirmar a participação do adolescente que foi assassinado ontem.”

Queima de arquivo não está descartada

O delegado afirmou que todas as hipóteses seguem em aberto, inclusive a de que o rapaz tenha sido vítima de queima de arquivo, embora Danúbio Dias não reforce essa tese.

“Nesse momento não pode ser descartado nada, inclusive queima de arquivo. Mas acredito que não tenha relação com a morte do cabeleireiro, porque a investigação ocorria em sigilo. Quando ele foi trazido para cá, ele não estava nem na zona Sul. E, se foi esse o motivo, não partiu da polícia. Acredito que ele nem comentou isso com comparsas, porque sabia do risco de falar que foi ouvido no departamento”, contou.

A principal linha de investigação é de que o assassinato possa estar ligado ao crime organizado. O adolescente também era citado em apurações como possível integrante da facção PCC.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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