Em colaboração com Ananda Soares
O pai e os dois irmãos de Welisson Ferreira, de 15 anos, pediram demissão da empresa onde trabalhavam por medo de permanecer na região onde o adolescente foi encontrado morto em Timon, no Maranhão. A família ainda tenta se recuperar do trauma e cobra justiça pelos assassinatos de Welisson e Victor Bruno Muniz da Silva, de 16 anos.
Segundo um amigo da família, os três atuavam em uma empresa localizada próxima à área onde os corpos foram encontrados. Por medo de facções criminosas, eles decidiram se desligar do emprego.
Família prepara manifestação por paz e justiça
A família de Welisson e Victor anunciou que vai realizar uma manifestação por paz e justiça no próximo sábado (8), em Timon. O ato tem como objetivo chamar atenção para a violência que vem atingindo os jovens da cidade.
O crime
Welisson Ferreira, de 15 anos, e Victor Bruno Muniz da Silva, de 16, foram mortos por integrantes de uma facção criminosa, segundo a Polícia Civil do Maranhão. Os adolescentes estavam desaparecidos desde o dia 20 de outubro e foram encontrados mortos na manhã do dia 31, em uma área de mata em Timon, cidade vizinha a Teresina (PI).
De acordo com as investigações, os dois foram executados por morarem em uma área dominada por um grupo rival. Eles foram encontrados encapuzados e com marcas de tiros.
A Polícia Civil informou que os adolescentes foram mortos no dia seguinte ao desaparecimento, após passarem por um “tribunal do crime”. Uma casa usada como cativeiro foi localizada durante as investigações, e mais de dez pessoas foram levadas à delegacia.
As namoradas dos jovens foram apreendidas e encaminhadas a um centro de internação. Até o momento, três suspeitos foram detidos, entre eles Kauã, de 19 anos, preso no dia 29 de outubro, e Lucas, preso no dia 21. Segundo os familiares das vítimas, Lucas é primo das namoradas dos adolescentes.