Um trecho da BR-135, na zona rural de Santa Luz, no Sul do Piauí, ficou alagado depois da chuva que caiu na tarde desta terça-feira (25). A água de um riacho que passa perto da rodovia transbordou e tomou parte da pista, provocando uma interdição temporária e engarrafamento. O videomaker Janderson Santos, que passava pelo local de carro, registrou imagens de veículos que ficaram parados por causa da água.
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Alguns motoristas e moradores da região foram até o local para ajudar a organizar o trânsito. Com o tempo, alguns veículos começaram a atravessar a água com cuidado e, já na manhã desta quarta-feira (26), o fluxo de carros havia normalizado.
Santa Luz está dentro de um alerta de chuvas intensas do INMET, válido das 10h01 do dia 25 até as 10h desta quarta-feira (26). O aviso aponta chuva entre 20 e 30 mm por hora (ou até 50 mm por dia) e ventos de 40 a 60 km/h, com baixo risco de queda de energia, galhos de árvores, alagamentos e raios.
Na manhã de hoje, a reportagem conversou com moradores, que informaram que a água já começou a baixar e a situação está voltando ao normal. Eles lembram que esse tipo de ocorrência é comum no período de chuvas fortes.
O motorista Adeildo Inácio, que passa pela região com transporte de cargas, contou que os alagamentos acabam atrapalhando a rotina de quem depende da rodovia. “O trabalho fica comprometido e atrasa para quem tem entrega marcada. Além disso, é perigoso para qualquer pessoa que passa por lá”, disse.
Calor extremo no Piauí
O estado também enfrenta temperaturas muito altas e baixa umidade. Em Picos, os termômetros chegaram a 38,3°C, a segunda maior temperatura do país na terça-feira (25), atrás apenas de Pão de Açúcar (AL), que marcou 39,3°C. Bacabal (MA) e Valença do Piauí também registraram 38,1°C.
Segundo o diretor de Prevenção e Mitigação da Defesa Civil do Piauí, Werton Costa, o calor acima da média está ligado ao momento de transição da primavera para o verão. Ele explica que, sem chuvas regulares e com pouca cobertura de nuvens, a radiação solar aumenta e deixa o clima ainda mais quente e seco.
É justamente quando há uma mudança na altura solar, na quantidade de energia solar que entra. Em condições normais, as temperaturas não são tão elevadas, porque há chuva, há cobertura de nuvens, que atua como uma espécie de compensação. Como nós não estamos tendo chuva regular na maior parte do estado, a quantidade de energia radiante é máxima", falou o climatologista.
A expectativa é que a situação melhore na primeira semana de dezembro, quando as chuvas devem ficar mais distribuídas, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia.