Cesta básica em Teresina tem queda de 1,52% em março e segue entre as mais baratas do Brasil

O preço da cesta básica em Teresina caiu 1,52% no mês de março de 2025, segundo levantamento da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (Cepro), vinculada à Secretaria do Planejamento do Piauí (Seplan). Com o recuo, o custo médio da cesta ficou em R$ 612,94, mantendo a capital piauiense entre as mais econômicas do país — ocupando a 17ª posição entre 18 capitais analisadas.

ITENS EM ALTA

A pesquisa da Cepro, divulgada nesta segunda-feira (14), avaliou a variação nos principais itens da cesta básica. O café em pó apresentou a maior alta (7,92%) pelo segundo mês consecutivo, influenciado por estoques internacionais baixos e problemas climáticos no Brasil e Vietnã. 

O tomate também encareceu (4,41%) devido à escassez da safra de verão. Outros itens com aumento foram o leite (1,67%) e o pão francês (1,60%). 

ITENS EM BAIXA

Por outro lado, o arroz teve a maior queda (-7,25%), reflexo da boa safra no Rio Grande do Sul. O óleo de soja também caiu (-1,34%), impactado pela colheita da safra 2024/2025 e pela competitividade do milho.

Segundo Diarlison Costa, diretor de Estudos Econômicos da Seplan, a queda no preço da cesta básica em Teresina traz alívio ao orçamento das famílias. 

“Após altas registradas entre dezembro e fevereiro, estamos vendo uma tendência de desaceleração em março, o que é bastante positivo. Essa queda está relacionada a fatores como o aumento da oferta de alguns produtos, mudanças no mercado interno e também à recente redução do ICMS estadual para itens da cesta básica. Com a entrada em vigor do decreto do governador Rafael Fonteles, que passou a valer a partir de 1º de abril, esperamos que esse comportamento de queda se mantenha nos próximos meses”, afirmou o diretor.

COMPARATIVO 12 MESES

Apesar da retração em março, a variação dos últimos 12 meses ainda mostra oscilações, com pico de preço em fevereiro de 2025, quando a cesta chegou a R$ 622,43. 

O estudo também fez uma projeção do salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas, com base na Constituição Federal. Em março, o valor ideal seria de R$ 5.645,72, permitindo cobrir despesas básicas como alimentação, moradia, saúde e educação. O valor é mais de três vezes superior ao salário mínimo em vigor, fixado em R$ 1.518,00.