Cerca de 85% da população tem algum grau de vulnerabilidade social no Piauí

No Brasil o IVM-NM caiu de 14,5, no período 2008-2009, para 7,7, no período 2017-2018, queda de 6,8 pontos percentuais

Cerca de 85% da população tem algum grau de vulnerabilidade social no Piauí | Fernando Frazão/Agência Brasil
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O Índice de Vulnerabilidade Multidimensional Não Monetário (IVM-NM), que indica a proporção de pessoas com algum grau de vulnerabilidade social no estado do Piauí caiu de 24,6, no período de 2008-2009, para  12,4, no período de 2017-2018, uma redução de 12,2 pontos percentuais, o equivalente a uma queda de 49,5% naquele período. São informações constantes da publicação do IBGE denominada “Evolução dos Indicadores não Monetários de Pobreza e Qualidade de Vida no Brasil com Base na Pesquisa de Orçamentos Familiares”.

No Brasil o IVM-NM caiu de 14,5, no período 2008-2009, para 7,7, no período 2017-2018, queda de 6,8 pontos percentuais, o equivalente a uma redução de 46,9% naquele período, pouco inferior à queda observada para o Piauí (49,5%). Dentre os estados a maior queda foi a observada em Santa Catarina, de 65,8%, e a menor aquela observada para o Rio de Janeiro, com 36,2%. O valor do índice é apresentado em uma escala de 0 a 100, sendo 100 o maior nível possível de vulnerabilidade multidimensional não monetário que uma sociedade pode registrar.

No período 2008-2009, o Piauí com seu IVM-NM de 24,6 detinha cerca de 96,9% da população com algum grau de vulnerabilidade social, tendo passado no período 2017-2018 a um IVM-NM de 12,4, com cerca de 85,2% da população, o que representa uma redução de 11,7 pontos percentuais na proporção de pessoas em vulnerabilidade no estado. No Brasil, em 2008-2009, o IVM-NM era de 14,5, apresentando cerca de 81,7% da população com algum grau de vulnerabilidade, tendo passado em 2017-2018 a um IVM-NM de 7,7, com 63,8% da população, uma queda de 17,9 pontos percentuais na proporção de pessoas em vulnerabilidade no período.

Unidades da Federação

IVM-NM

Proporção de pessoas com algum grau de vulnerabilidade (%)

 


Maranhão

17,4

93,3


Pará

15,7

89,1


Acre

15,1

89,0


Amapá

13,5

88,5


Alagoas

13,1

85,3


Amazonas

12,8

83,6


Piauí

12,4

85,2


Paraíba

12,1

81,2


Pernambuco

11,9

81,4


Rio Grande do Norte

11,7

81,9


Bahia

11,3

79,9


Rondônia

10,2

84,8


Ceará

10,1

78,9


Sergipe

10,0

76,4


Tocantins

9,7

80,7


Roraima

8,4

72,3


Goiás

8,1

69,2


Mato Grosso

7,9

74,7


Rio de Janeiro

6,8

59,9


Mato Grosso do Sul

6,7

69,0


Espírito Santo

5,9

58,8


Distrito Federal

5,7

57,8


Minas Gerais

5,6

58,1


Rio Grande do Sul

4,7

53,6


São Paulo

3,9

45,7


Paraná

3,8

45,7


Santa Catarina

2,6

40,0

O Índice de Vulnerabilidade Multidimensional Não Monetário (IVM-NM) é calculado de forma equivalente ao Índice de Pobreza Multidimensional Não Monetário (IPM-NM), a partir das perdas individuais de qualidade de vida, considerando um amplo conjunto de indicadores não monetários que estão distribuídos em seis dimensões: Moradia; Acesso aos serviços de utilidade pública; Saúde e alimentação; Educação; Acesso aos serviços financeiros e padrão de vida; Transporte e lazer.

Na definição do Índice de Vulnerabilidade Multidimensional Não Monetário (IVM-NM) são consideradas aquelas pessoas que apresentavam perda individual de qualidade de vida em pelo menos 1/6, ou 16,6%, dos 50 indicadores não monetários objetivos e subjetivos contidos nas seis dimensões acima. Por sua vez, na definição do Índice de Pobreza Multidimensional Não Monetário (IPM-NM) o limite para inclusão de pessoas que apresentavam perda individual de qualidade de vida era maior que o do IVM-NM, somente computando-se a partir de 1/3, ou 33,3%, sobre os 50 indicadores não monetários objetivos e subjetivos contidos nas seis dimensões, razão pela qual temos uma menor proporção de pessoas com algum grau de pobreza do que com algum grau de vulnerabilidade.

A dimensão com a maior perda de qualidade de vida afetando a vulnerabilidade social da população, e portanto com maior peso para o IVM-NM do Piauí, de 4,3, no período 2017-2018, é a que envolve o acesso aos serviços financeiros e padrão de vida, com 19,9%. Essa dimensão envolve aspectos como: a posse de bens duráveis, conta em banco e as dificuldades de pagar as contas do dia a dia. A dimensão com o segundo maior peso no IVM-NM do Piauí, com 19,5%, é a educação, abrangendo aspectos como a frequência e o atraso escolar, além da própria avaliação da educação. Por sua vez, a dimensão com o terceiro maior peso no IVM-NM do estado, com 19,2%, é o acesso aos serviços de utilidade pública, que abrange aspectos como: eletricidade, esgotamento sanitário, água e coleta de lixo, assim como a própria avaliação destes serviços.

As demais dimensões têm os seguintes pesos no IVM-NM do Piauí: a) transporte e lazer, com 16,6%, abrangendo aspectos como o equilíbrio no uso do tempo em atividades do dia a dia, como o transporte para o trabalho, as jornadas de trabalho e a própria avaliação do transporte e do lazer; b) moradia, com 14,2%, abrangendo aspectos como a estrutura do domicílio, seu entorno e vizinhança e as condições ambientais, (ex: poluição) assim como a própria avaliação da moradia; e c) saúde e alimentação, com 10,5%, abrangendo aspectos como a insegurança alimentar, acesso aos serviços de saúde e medicamentos, além da própria avaliação da saúde e alimentação.

(Com informações do IBGE)

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