Cerca de 28% dos jovens piauienses não estuda e nem tem ocupação no mercado

Para a média do Brasil esse indicador foi de 22,3%, cerca de 5,5 pontos percentuais abaixo do indicador do Piauí

Cerca de 28% dos jovens piauienses não estuda e nem tem ocupação no mercado | Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
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Os jovens de 15 a 29 anos enfrentam maior dificuldade de ingresso e estabilidade no mercado de trabalho, tendo em vista sua inexperiência laboral, representando o grupo mais vulnerável aos períodos de crise econômica, especialmente entre os menos qualificados. Nesse contexto, em 2022, para os jovens piauienses o indicador daqueles que não estudavam e nem tinham ocupação no mercado de trabalho chegou a 27,8%, o 11º maior indicador do país. 

Para a média do Brasil esse indicador foi de 22,3%, cerca de 5,5 pontos percentuais abaixo do indicador do Piauí. É o que apontam os dados da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) 2023 do IBGE, que busca traçar um perfil das condições de vida da população brasileira, com o intuito de subsidiar com indicadores todas as instâncias de governo, a fim de que possam planejar políticas públicas mais assertivas no campo social, com destaque para a educação e o mercado de trabalho. 

Se dividirmos a população jovem do Piauí que não trabalha e nem estuda em 3 estratos, o primeiro para aquelas pessoas de 15 a 17 anos, e os demais estratos para a população de 18 a 24 anos e de 25 a 29 anos, teremos que aquele primeiro estrato apresenta um indicador bem inferior às demais faixas etárias. Assim, no Piauí em 2022, no grupo de jovens de 15 a 17 anos cerca de 6,2% deles não estudava nem trabalhava, indicador bem inferior à média geral para os jovens de 15 a 29 anos, que era de 28,8%. 

Isso se deve em razão de que os jovens de 15 a 17 anos ainda estão, em sua grande maioria, finalizando a educação básica, sem priorizar ainda a atividade laboral. Para o estrato de 18 a 24 anos e de 25 a 29 anos, o indicador da população sem estudar e trabalhar ficou acima da média geral, respectivamente, em 33,6% e 31,5%. 

Analisando a série histórica da pesquisa para o Piauí, de 2012 a 2022, percebe-se que o indicador dos jovens que não estudavam nem tinham ocupação guarda uma certa relação inversamente proporcional com o nível da atividade econômica do país. Assim, no período de 2012 a 2014, quando a economia brasileira apresentou crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), os indicadores de jovens que não estudavam nem estavam ocupados apresentou uma redução e foram os menores da série histórica, ficando por volta dos 24% ao ano. 

Em 2015 e 2016, com a redução observada no PIB brasileiro, o indicador de jovens que não estudavam nem estavam ocupados subiu de patamar e foi para cerca de 27%, tendo permanecido elevado até 2019, mesmo com o PIB tendo crescido no período de 2017 a 2019. Com a pandemia da COVID 19, no ano de 2020 o PIB despencou novamente, tendo repercutido fortemente no indicador, que atingiu seu maior nível na série histórica, com cerca de 34% dos jovens piauienses sem estudar nem ter ocupação. Em 2021 e 2022, com a retomada do crescimento do PIB, os indicadores caíram bastante de nível e chegaram a, respectivamente, 27,4% e 27,8%. 

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