O empresário e sócio do Coco Bambu no Piauí, Rafael Freitas, descreveu detalhadamente o que ocasionou a explosão do restaurante Vasto, que ocorreu em 21 de dezembro de 2022, na zona Leste de Teresina. Em entrevista ao Ielcast, o empresário afirmou que o acidente aconteceu 13 anos após a inauguração do Coco Bambu, em 21 de dezembro de 2009.
Segundo Rafael Freitas, que mora a seis quarteirões do local, no dia da explosão, ele acordou com um barulho, mas imaginava que fosse um trovão ou um transformador, porém sentiu a onda de movimentação que balançou a porta fazendo barulho. Ao pegar no celular, o empresário relatou que viu mensagens como “rapaz vem aqui para o Coco Bambu” e“ vem que o negócio tá feio”, e seguiu para o restaurante desesperado.
“Primeiro, fiquei com medo de ter morrido muitas pessoas e graças a Deus, ele pôs a mão e não faleceu ninguém. Segundo, fiquei pensando “como é que eu vou sair dessa?”.Eu estava tão transtornado, que pensei será que o seguro está ok?”, liguei para a comissão e já falei para mandar uma comissão para tratar do seguro. Quando eu vi, me bateu um desespero grande. Não imaginava que era um negócio tão grande”, relatou o empresário ao apresentador Ieldson Vasconcelos.
Freitas ainda disse que tinha no estoque do restaurante mais de 2 toneladas de proteína, 3 toneladas de camarão e 3 milhões em estoque de bebidas como vinhos, porém uma câmara foi salva por ficar no subsolo. Segundo ele, o primeiro pensamento ao chegar foi que a cozinha tinha explodido por algo relacionado a gás, que apenas teria atingido a frente e que daria para resolver.
“Quando cheguei lá, 70% da loja estava no chão. Tem umas fotos, que o cenário era da guerra da Ucrânia. E a gente citava nas nossas reuniões muito a Ucrânia como uma forma de motivar, como dizer assim ‘está muito pior lá, então vamos agradecer o que a gente tem e resolve, porque tem coisa muito pior do que isso’, mas o pior aconteceu”, explicou Rafael Freitas.
O empresário destacou que o acidente só aconteceu por não ter ninguém no local. “ Um vazamento de gás é detectado. Nossa cozinha tem detectores de gás, só que uma cozinha sem uma pessoa para tomar uma decisão de fechar um registro ou fazer alguma ligação para resolver, às três da manhã, não tem como acontecer. Só aconteceu porque o horário era perfeito para acontecer. A loja fechada tem uma pressão maior, uma concentração de gás”, disse.
Ele ainda explicou sobre como ocorreu a explosão. “O laudo técnico das autoridades é inconclusivo, pois pode ter sido três possibilidades. O primeiro pode ter sido um vazamento ocasionado de um equipamento que está ligado à rede. Eles alegam que pode ter sido o registro de primeiro estágio, que é o registro central, que poderia estar danificado, mas ele estava com a data ok. Terceiro, a possibilidade do gatinho, mas quem está por dentro da operação sabe que ele não seria capaz”, esclareceu o sócio do Coco Bambu.
Conforme Rafael Freitas, o primeiro funcionário, que não tinha conhecimento técnico, ao chegar no restaurante e sentir o cheiro de gás, desligou o registro geral e acionou o gatilho da exaustão que ocasionou a explosão. “ Se ele ligasse a lanterna do celular poderia explodir. Ele estava em uma área operacional entre as duas cozinhas e tinha um grande pilar de concreto Esse pilar que salvou ele” finalizou o empresário.
Confira o vídeo na íntegra: